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LaLiga: Alergia à ilha de um pobre Real Madrid (1-1), Ruiz marca num Girona de Champions (4-0)

César Suárez
Atualizado
Valverde lamenta mais um tropeção do Real Madrid
Valverde lamenta mais um tropeção do Real MadridCesar Manso / AFP
O Real Madrid voltou a tropeçar pela segunda vez em três jogos, pagando pelo excesso de descontração com que entrou em campo no Las Palmas. Aos quatro minutos, Moleiro abriu o marcador e foi Vinicius, de grande penalidade, aos 68 minutos, que empatou. Mais cedo, houve um dia feliz em Montilivi, pode até dizer-se que foi histórico. Poucos minutos antes do apito inicial, o nome do Girona ecoava no Mónaco no sorteio da Liga dos Campeões.

Las Palmas 1-1 Real Madrid

É um problema endémico do Real Madrid convidar os adversários a mostrarem as suas qualidades nos primeiros minutos. Como alguém que se sente tão superior que tenta ver se andar é suficiente para ganhar.

Pontuações dos jogadores
Pontuações dos jogadoresFlashscore

Um risco enorme contra jogadores como Moleiro, que encontrou um buraco no centro da defesa, ultrapassou Militão e bateu Courtois com um remate cruzado. Ainda não tinham passado quatro minutos e os canários já cantavam beep beep com a vantagem de 1-0. E quase que faziam o segundo se McBurnie tivesse acertado na bola em vez de no ar.

Quando os homens de Ancelotti começaram a trabalhar, metade da primeira parte já tinha ido à vida. E também não houve continuidade. Nem mesmo quando Ancelotti mudou o sistema para deixar Vinicius e Mbappé sozinhos na frente, deslocando Brahim para o meio-campo. A única ameaça surgiu com um remate de longa distância de Rüdiger, enquanto cada ataque do Las Palmas era uma provação para o Madrid. O gesto de Ancelotti tornava-se cada vez mais distorcido. Mbappé estava a ficar desesperado porque não tinha vindo para isto. E mesmo Modric não era Modric.

A solução para os problemas foi tirar Mendy e Brahim, horríveis, os mais fáceis de substituir no ataque porque Vinicius e Mbappé, mesmo que não estejam bem, são intocáveis. O Realnão se preocupou em estar desprotegido na defesa, precisava de um golo e criou uma confusão para gerar o caos de que tanto gosta. Foi assim que surgiram algumas oportunidades, como um cabeceamento de Tchouaméni a dois metros da baliza, ou o penálti que lhes deu vida por mão de Álex Suárez. Vinicius assumiu a responsabilidade e acabou por bater Cillessen para fazer o 1-1. 

Mbappé tentou tudo o que podia, mas não conseguiu finalizar. Depois entrou Endrick e, na sua primeira ação, ficou na frente de Cillessen, mas também ele não conseguiu finalizar. E o castigo podia ter sido ainda pior porque Viti marcou, mas recebeu de Mata que estava em posição adiantada. O marcador não se mexeu mais. Até o jogo terminou na área madrilena. Pura impotência de uma equipa nervosa que já perdeu cinco pontos em nove possíveis e já está a quatro de distância do Barcelona.

Estatísticas no final do encontro
Estatísticas no final do encontroOpta by StatsPerform

Girona 4-0 Osasuna

Como já foi dito, pouco antes do apito inicial, o Girona ficou a conhecer os adversários que vai defrontar na primeira vez que disputar a Champions. Nomes como Liverpool,  Arsenal, PSG, AC Milan e PSV estão na lista e proporcionaram um ambiente de festa em Montivili antes mesmo da bola começar a rolar. O Osasuna foi o convidado perfeito, já que apresentou um estilo muito conservador perante uma turma de Míchel que não cedeu em qualquer momento.

Classificação dos jogadores do Girona-Osasuna
Classificação dos jogadores do Girona-OsasunaFlashscore

A recompensa veio após várias fases de domínio e depois de uma grande intervenção de Sergio Herrera num remate do incisivo Bryan Gil, um prelúdio do que estava para vir. Após a pausa para hidratação, pouco depois da meia hora, Tsygankov colocou uma bola no poste mais distante para a qual Bryan esticou-se como um elástico para bater Sergio Herrera e fazer o 1-0.

O resultado era merecido e talvez enganador ao intervalo, mas Abel Ruiz continuava a ver negado o seu golo. Na segunda parte as coisas não mudaram. O Osasuna somava erros na contrução e isso, contra adversários como Tsygankov, é sinónimo de pena capital. Assim, o ucraniano dominou a bola dentro da área, deu a volta a Torró e disparou um remate cruzado de pé esquerdo para fazer o 2-0. 

Depois dos festejos com o sabre de um Jedi, Abel Ruiz não se deixou ficar para trás e produziu um remate de outra galáxia após um passe de peito, literalmente, de Yangel Herrera. Com o peito do pé direito, o ex- SC Braga rematou a meio do campo e colocou a bola no ângulo superior da baliza. Estava feito o 3-0 e, a meia hora do fim, ameaçava um resultado ainda maior.

Embora os adeptos estivessem à espera de pozinhos da nova estrela, Asprilla, foi um velho roqueiro, Stuani, que colocou a cereja no topo do bolo com o resultado de 4-0. O Girona, que sonha com a Liga dos Campeões, mantém os pés na LaLiga.