LaLiga: Betis empata em Bilbao (1-1), Barcelona ganha dérbi (3-1), Atlético Madrid vence (2-0)
Athletic Bilbao 1-1 Betis
Verticalidade. Aquela que alguns treinadores evitam com veemência e que Valverde e Pellegrini procuram com zelo, apesar de, por vezes, poderem errar. Não importa, dizem eles aos seus jogadores. Esta forma de entender o futebol, olhando sempre para a baliza do adversário antes da sua, deu ao Athletic a sua primeira oportunidade de ouro, que Nico Williams desperdiçou. O Betis não baixou os braços e, no contra-ataque, Abde quase marcou por duas vezes.
O ritmo vertiginoso não tinha tréguas, sobretudo por parte dos bascos, que somaram várias ocasiões de golo, obrigando Rui Silva a destacar-se desde cedo. O Betis tentava ganhar a posse de bola, mas sem Isco, Lo Celso e William Carvalho, estava com dificuldades. O seu recurso era fazer chegar a bola a Abde, Vitor Roque e a Chimy Avila, mas o Athletic, voraz na recuperação e na entrega, não o permitia.
Pellegrini não gostou do que a sua equipa tinha para oferecer e não hesitou nos balneários: saíram Bellerín, Altimira e Chimy; entraram Sabaly, Iker Losada e Diao. Este último desempenhou um papel fundamental na assistência a Fornals, que apareceu vindo de trás para fazer o 0-1 e dedicar o golo aos seus compatriotas. Pablo, natural de Castellón, tinha lágrimas nos olhos enquanto vestia uma t-shirt de apoio aos afetados pela DANA na sua comunidade autónoma.
O Athletic estava incrédulo. No primeiro remate entre os postes, um golo sofrido. Longe de baixar a cabeça, voltou a tentar, mas por vezes a má finalização e outras vezes Rui Silva impediram o golo do empate. Tal como Agirrezabala impediu o segundo golo após remate de Iker Losada. Foi um jogo de parada e resposta. Um prazer para os amantes do futebol de ataque.
Ernesto Valverde procurou soluções no seu banco e fez entrar Álex Berenguer. E, tal como o seu colega chileno antes dele, a substituição funcionou à primeira, com o médio a bater Rui Silva de cabeça. O guarda-redes português acabou por ser decisivo, tal como o colega de posição, e o jogo terminou mesmo empatado.
Barcelona 3-1 Espanhol
Foi um jogo muito especial para o Barcelona e o Espanhol, que se defrontaram novamente após a promoção dos pericos. Antes, os adeptos recordaram as vítimas do furacão Dana e prestaram homenagem a Aitana Bonmatí - vencedora do prémio Bola de Ouro de segunda-feira. Dani Olmo e Héctor Fort, novidades no onze, combinaram na fase inicial para criar a primeira oportunidade.
Depois da ameaça, veio o golo, com o antigo jogador do RB Leipzig a rematar para o golo depois de um grande passe de trivela de Lamine Yamal. O domínio era inegável: posse de bola no meio campo adversário, superioridade no marcador e várias oportunidades de golo para Joan Garcia, o guarda-redes que mais intervenções fez desde o início do campeonato.
Mais uma vez esgotado, teve pouca margem de manobra perante o remate de Raphinha, assistido por um excelente passe de Marc Casadó, aos 23 minutos. Seguiu-se um golo anulado ao Espanhol por fora de jogo de centímetros.
Não marcaram os forasteiros, aproveitou o Barça para diltar a vantagem depois de uma recuperação em zona alta, que permitiu a Dani Olmo ter espaço para armar um remate colocado e fora do alcance do guarda-redes.
No início da segunda parte, Flick geriu o plantel, já que o marcador estava confortável para justificar estas rotações, embora os adversários continuassem a bater-se com equilíbrio e impudência e somaram mais um golo anulado. Finalmente, aos 63 minutos, Puado apareceu ao segundo poste para reduzir a desvantagem, mas não passou de um golo de honra em mais uma vitória tranquila dos culés.
Atlético Madrid 2-0 Las Palmas
Enquanto o Las Palmas começava a reencontrar o seu melhor sob o comando de Diego Martínez, depois de ter deixado para trás uma sólida barreira mental face à falta de vitórias, o Atlético de Madrid continuava a dar passos atrás (ou, pelo menos, a estagnar), apesar das contratações bombásticas da última janela de transferências. As dificuldades na Liga dos Campeões são enormes, e a liderança da LaLiga está a ser observada de longe.
Os donos da casa ameaçaram pelos flancos na etapa inicial, embora Pablo Barrios tenha sido o primeiro a criar perigo real na baliza de Jasper Cillessen. Tudo parecia que poderia mudar antes do quarto de hora, quando um toque na mão de Scott McKenna não foi assinalado, apesar da visita de Ricardo de Burgos Bengoetxea ao monitor. A reação chegou momentos depois, com Fábio Silva numa jogada de transição a desperdiçar o primeiro.
Um grande passe de Nahuel Molina por trás da defesa resultou no primeiro golo do encontro: a assistência para Giuliano Simeone, filho de Diego, foi notável. Antoine Griezmann esteve perto de marcar o segundo golo, ao rematar à trave depois de uma combinação com o já referido Barrios, que tinha acabado de recuperar de uma lesão muscular e foi substituído ao intervalo (juntamente com Samuel Lino).
Recompensa pela persistência
O Las Palmas continuava a não incomodar o Atlético, que tentou aumentar a diferença em várias ocasiões. O jogo foi interrompido por um choque fortuito entre Cillessen e Molina, que levou à saída do neerlandês, algo atordoado. Horkas entrou em campo e nada pôde fazer para impedir o 2-0. Sorloth, que desde domingo deve um jantar a De Paul, foi o protagonista do golo da vitória com um grande golo.
Este resultado interrompe a boa evolução dos amarelos, que tinham vencido os últimos três jogos e gera alguma tranquilidade na equipa colchonera antes da viagem a Paris.