LaLiga: Correa salva Atlético frente ao Real Madrid (1-1) num dérbi interrompido por problemas nas bancadas
Atlético Madrid 1-1 Real Madrid
O grande dérbi no Metropolitano, onde o Real Madrid perdeu duas vezes na época passada (não perdeu em nenhum outro jogo), chegou com as duas equipas invictas. Ancelotti, que não contou com Mbappé por lesão, optou pela qualidade e experiência de Modric no meio-campo. Simeone partiu para o ataque com os três fantásticos na frente: Griezmann, Sorloth e Julián Álvarez.
O Real Madrid começou por controlar a posse de bola, com um cruzamento de Carvajal para a área que Rodrygo não conseguiu alcançar. Mas a primeira oportunidade clara de golo foi dos encarnados. Julián, que tinha acabado de marcar na quinta-feira em Vigo, aos 90 minutos, inventou uma jogada individual na qual Courtois teve de intervir para evitar o 1-0. O Real Madrid respondeu com um remate de Valverde de fora da área que Oblak defendeu com uma grande intervenção.
Na ausência de grandes oportunidades, houve vários duelos a ter em conta. O mais intenso foi entre Carvajal e Julián. Rüdiger bloqueou um remate de Griezmann após uma boa combinação entre o francês e De Paul. Valverde, por sua vez, teve um livre que saiu ao lado.
Bellingham rematou à baliza, mas atirou fraco para as mãos de Oblak. O jogo estava a ser disputado a meio-campo e Modric, que canalizava o jogo do Madrid, viu o cartão amarelo por uma entrada sobre Gallagher.
Antes do intervalo, Rodrygo pediu penálti por contacto com Giménez, mas não foi considerado penálti por Busquets Ferrer.
No segundo tempo, Simeone colocou Koke no lugar de Nahuel Molina. E Julián começou de forma brilhante com um remate que foi bloqueado por Valverde dentro da área, com as mãos coladas atrás das costas, pelo que não houve penálti possível.
O Real Madrid respondeu com uma jogada ensaiada em que Modric encontrou a corrida de Rodrygo e o brasileiro rematou por cima da baliza de Oblak.
O jogo mudou completamente com o golo de Éder Militão. Aos 65 minutos, Modric abriu para Vinicius, que correu pelo flanco esquerdo e o seu cruzamento foi recebido pelo compatriota Éder Militão. O brasileiro rematou de primeira, com um potente voleio, que passou por Llorente e Oblak para fazer o 0-1.
O que se seguiu foi uma verdadeira vergonha. Os objectos começaram a cair no relvado, vindos de uma parte do Metropolitano, para festejar. Courtois foi atingido por um isqueiro, que lhe foi entregue pelo árbitro. O sistema de som pediu ao público que não atirasse objectos, mas estes continuaram a cair, pelo que Busquets Ferrer decidiu suspender o dérbi aos 69 minutos, primeiro por 10 minutos e depois por mais cinco.
Após aquecimento, o jogo recomeçou, com o Atleti a substituir Correa por Gallagher. Mas a primeira oportunidade foi para Vinicius, que Oblak fez uma grande defesa.
Simeone fez mais alterações: Javi Galán e Riquelme para os lugares de Reinildo e Julián Álvarez. E as mudanças não foram contra o Atleti, que saiu na frente. Primeiro, Correa rematou à baliza. Depois, a grande jogada individual de Samuel Lino terminou num remate forte do brasileiro que Courtois enviou para canto.
Ancelotti já tinha começado a mexer no banco. Lucas Vázquez para o lugar de Modric, Endrick para o de Vinicius e Fran García para o de Rodrygo.
Endrick estreou-se em campo com um remate de longa distância depois de chocar com um fotógrafo. Mas era o Atleti que precisava da vitória e assim foi. O remate de Griezmann, de livre, foi brilhantemente desviado pela trave de Courtois. A equipa de Simeone tinha cinco jogadores novos e pressionou muito.
E o golo chegou, embora tenha demorado um pouco a aparecer no marcador. Correa fez uma grande jogada para se antecipar a Militão e bater Courtois, mas inicialmente recebeu um passe de Javi Galán que estava em fora de jogo. Busquets Ferrer consultou o VAR, que corrigiu a decisão do árbitro e deu o golo do empate para delírio do público do Metropolitano.
Os minutos finais terminaram com a expulsão de Marcos Llorente por uma entrada por trás sobre Fran García.
