Valência 2-3 Las Palmas
A estreia de Diego Martínez como treinador do Las Palmas, que estava há 23 jogos sem vencer, foi, portanto, vitoriosa. Apesar de estarmos ainda na 10.ª jornada, o Mestalla foi palco de um jogo importante na luta pela despromoção entre o Valência e o Las Palmas, penúltimo e último classificados.
Antes do jogo, houve uma manifestação na Avenida de Suecia, com uma grande multidão contra a direção de Peter Lim. No relvado, duas estreias. A de Diego Martínez como treinador dos Canários e a de Ro Abajas como lateral-esquerdo do Valência.
Os locais tentaram desde o primeiro minuto, com um remate de Sergi Canós que saiu alto aos 18 segundos. Mas o Valência não tardou a ser recompensado. Uma entrada clara de Campaña sobre Barrenechea dentro da área levou o árbitro a assinalar 11 metros. Pepelu não pensou duas vezes e rematou ao ângulo superior para colocar o Valência em vantagem.
Depois do golo, veio a avalanche valenciana, que foi travada por Cillessen, primeiro contra Dani Gómez e Ro no ressalto e depois contra Pepelu. Mais tarde, Canós viu a corrida de Thierry Correia para a baliza e o remate do português foi novamente defendido pelo guarda-redes neerlandês.
O Las Palmas estava atento nos minutos finais. Um passe de Januzaj deu origem a um grande remate de Fábio Silva e a uma defesa de Mamardashvili. Mas um minuto depois, os canários empataram. Januzaj, que foi o melhor jogador na reta final da primeira parte, desferiu um potente remate que o guarda-redes georgiano defendeu, mas lá estava Álex Muñoz para aproveitar o ressalto e fazer o empate.
A segunda parte começou com uma oportunidade para cada lado: Thierry e Álex Muñoz. Mas foram os canários a marcar primeiro. Uma jogada iniciada por Moleiro acabou nas botas de Campaña, que passou para Fábio Silva e o português rematou com força para o fundo das redes de Mamardashvili.
O golo provocou a ira do Mestalla, que já tinha começado a apitar na primeira parte, e o público voltou a lembrar-se do dono da casa.
A partida foi muito disputada, com uma infinidade de cartões amarelos, 13 amarelos e um vermelho. Kirian rematou alto e depois foi Almeida a marcar para o Valência.
Aos 65 minutos, no meio de um carrossel de substituições, a ovação da noite foi para José Luis Gayá, que voltou a entrar em campo 155 dias depois, substituindo o estreante Ro.
Mas o jogo complicou-se ainda mais para o Valência. Uma entrada de Cardona sobre Gayá deu origem a uma rixa em que Kirian empurrou Pepelu. O jogador do Dénia deu uma bofetada no canário e Gil Manzano indicou-lhe o caminho para o balneário.
O Las Palmas aguentou-se nos minutos finais, apesar de um erro de Moleiro que foi respondido com outro erro de Hugo Duro e Javi Guerra, que não conseguiu aproveitar o presente. E, como se isso não bastasse, Moleiro ainda se redimiu, marcando o terceiro golo, após finalizar na perfeição o serviço de McBurnie para a baliza.
A oito minutos dos descontos, César Tárrega cabeceou para o fundo das redes um grande cruzamento de Gayá.
O Valência, com um homem a menos, acreditou no golo do empate até ao fim, mas este não aconteceu.
Os canários puseram fim à quarta pior série sem vitórias da história da LaLiga, 23 jogos sem vencer, e entregaram o Valencia à despromoção, no fundo da tabela.