Espanhol 0-1 Real Sociedad
Depois de uma dececionante derrota em casa perante o Rayo (1-2), a Real Sociedad visitou o Espanhol em busca de três pontos e um impulso moral que a fizesse esquecer, pelo menos por algumas horas, as saídas de jogadores importantes como Robin Le Normand e Mikel Merino. Por seu lado, a equipa recém-promovida procurava voltar a festejar uma vitória na elite do futebol espanhol após a breve estadia no segundo escalão.
Pouco a pouco, a equipa treinada por Imanol Alguacil começou a abraçar a posse de bola, um domínio infrutífero e até inútil, uma vez que não se traduzia em oportunidades. De facto, os anfitriões deram uma sensação de maior perigo quando tinham a bola no território do adversário: um erro inexplicável de Jon Pachecodeu origem a uma transição idílica em que Véliz não conseguiu finalizar, nem acertar no esférico.
A partir da segunda parte, os ataques foram mais frequentes. A equipa catalã contava com as explosões de Alex Král, mas a Real também tinha muitas armas, algumas com força renovada a partir do banco (Sadiq Umar ou Takefusa Kubo). O nigeriano esteve a centímetros do golo, que acabou por chegar aos 80 minutos através de uma jogada genial do japonês, com um túnel brilhante sobre Brian Oliván, antes de disparar com raiva para acabar com uma seca de mais de seis meses. Quanto ao motivo da sua comemoração reivindicativa, só ele saberá.
Barcelona 2-1 Athletic Bilbao
Os culés foram a Montjuic sabendo que Dani Olmo estaria nas bancadas. Para descarregar a sua raiva, começaram por assobiar Nico Willilams por estar ali noutra equipa e depois gritaram cânticos contra Laporta por não ter conseguido contratá-lo ou registar Olmo.
Mas, felizmente para os blaugranas, têm Lamine Yamal. Depois de rir um pouco com o colega Nico, assim que o jogo começou, só tinha Padilla na mira. O guarda-redes do Athletic teve de intervir numa ação de Ferran e num mergulho impossível de Raphinha. Mas nada pôde fazer quando Yamal apanhou um ressalto na entrada da área e simulou perante um passivo Nico Williams para abrir espaço para o seu pé esquerdo. O remate foi desviado por Lekue, tornando impossível a defesa do guarda-redes e fazendo o 1-0.
Os homens de Flick aproveitaram o momento e quase marcaram o segundo golo. Lewandowski fez a bola embater na trave quando teria sido mais fácil passar para Ferran. O polaco ainda ganhou uma grande penalidade, mas antes houve falta na grande área a favor do Bilbau. A grande penalidade foi convertida por Sancet para fazer o 1-1, enganando Ter Stegen.
No regresso ao relvado, pouco mudou. Lewandowski cabeceou sem marcação... ao poste. Outra vez. Os Williams também estavam a ficar desesperados, mas porque queriam ação. Os catalães não tardaram a voltar ao ataque, novamente com Raphinha a cruzar e Lewandowski a finalizar. A defesa de Padilla foi memorável.
O polaco não queria acreditar, mas continuou a insistir até que finalmente, a partir de um cruzamento de Pedri desviado pelo mexicano de Zarauz, encontrou o golo que colocou o 2-1 no marcador. Uma recompensa justa pela sua persistência.
O Athletic não soube reagir e encontrar o caminho para Ter Stegen. Assim, o Barça conquistou a vitória e mantém-se no topo da tabela.