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LaLiga pede à FIFA para retirar Mundial de clubes de 2025 do calendário

LUSA
Javier Tebas, presidente da LaLiga
Javier Tebas, presidente da LaLigaOSCAR DEL POZO/AFP
O presidente da LaLiga, Javier Tebas, pediu esta terça-feira ao presidente da FIFA, Gianni Infantino, para retirar o Mundial de clubes de 2025 do calendário internacional, “porque não é necessário para jogadores e clubes”.

Tebas considerou que o novo formato do Mundial de clubes, no qual participarão Benfica e FC Porto, não é bom, “nem mesmo para a FIFA”, defendendo que o alargamento da prova a 32 equipas “serve unicamente para provocar desorganização”.

“Sabe que não tem os patrocínios que tinha antecipado e que as ligas e o sindicato dos jogadores não querem este Mundial. Retire-o já (do calendário)”, exigiu Tebas, que anunciou o regresso do organismo à Associação de Ligas Europeias, da qual se tinha retirado em março de 2023, em protesto pela inação contra as regras da FIFA.

O anúncio do presidente da LaLiga surge um dia depois de a associação, presidida pelo português Pedro Proença, ter apresentado uma queixa formal na Comissão Europeia contra a FIFA, em conjunto com a Federação Internacional de Futebolistas Profissionais (FIFPRO), devido à sobrecarga do calendário internacional.

Os dois organismos acusam a FIFA de “abuso de posição dominante” e a queixa apresentada em Bruxelas incide diretamente sobre o alargamento das competições internacionais, das quais se destacam o Campeonato do Mundo de 2026 e o Mundial de clubes de 2025.

“Na queixa, é explicado como a imposição de decisões sobre o calendário internacional por parte da FIFA constitui um abuso de posição dominante e viola as leis da União Europeia (UE)”, indica o comunicado, alertando para o “conflito de interesses” existente entre as funções de organismo regulador da modalidade e de organizador de provas.

A associação liderada pelo presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e a representante dos futebolistas lembram as decisões da justiça europeia nos casos da Superliga e do antigo internacional francês Lassana Diarra, contrárias às pretensões da FIFA.