LaLiga: Real Madrid escorrega em casa contra o Rayo (0-0), Bilbao vence no último minuto (2-3)
Real Madrid 0-0 Rayo Vallecano
O Santiago Bernabéu acolheu mais um dérbi de Madrid, com o Real a receber o Rayo neste domingo de LaLiga. Com Tchouaméni fora da equipa por lesão, Camavinga regressou ao meio-campo e Fran García atuou na lateral esquerda.
Na primeira parte, a formação de Carlo Ancelotti foi superior ao rival, mas não conseguiu traduzir esse ascendente em golos ou oportunidades. A grande oportunidade da etapa inicial aconteceu aos seis minutos, quando Fede Valverde apareceu na área a rematar para defesa de Dimitrievski.
A toada ofensiva manteve-se na etapa complementar, mas nos primeiros minutos o Rayo Vallecano aproximou-se da área adversária, criando perigo na defesa blanca. Aos 55 minutos, no entanto, Joselu teve o golo na cabeça, mas a bola saiu ao lado. Pouco depois, Vinicius faturou, mas o golo foi anulado por fora de jogo. Até ao fim, a equipa da casa continuou por cima, mas não conseguiu chegar ao golo.
Com este resultado, o Real Madrid caiu para o segundo da LaLiga, com menos dois pontos que o Girona. Por sua vez, o Rayo Vallecano manteve o nono lugar, com 18 pontos.
Villarreal 2-3 Athletic Bilbao
Ver para crer. É o que acontece no desporto em geral, e no futebol em particular. Que nada é garantido, mesmo quando se está a ganhar por 0-3 e só faltam cinco minutos para o fim.
Estamos a habituar-nos a finais muito emocionantes na Liga espanhola, onde tudo é possível. Ou quase. Porque, no final, o Villarreal nadou mas afogou-se na margem, para sorte do Athletic, que só respirou quando o árbitro decretou o fim do jogo.
A história foi fácil de escrever na primeira parte. Em dois minutos já estavam em vantagem, graças a um golaço de Galarreta, o primeiro golo no campeonato, enquanto a equipa da casa ainda bocejava. E quando acordaram, fizeram-no para ver com os olhos arregalados como sofreram o segundo golo, marcado por Nico Williams. O erro de Parejo - acumulou alguns - deu origem ao roubo de Nico e a uma tabela com Sancet que fez o 0-2.
Para o 0-3, de forma a não ser ultrapassado pelo irmão, Iñaki marcou o seu golo após uma meia-volta na área e um remate que surpreendeu Jorgensen. Em meia hora, o jogo estava resolvido.
Os homens de Pacheta recolheram para o balneário entre vaias e apupos dos adeptos, incapazes de compreender o que se passava com a sua equipa. Era urgente uma reação, nem que fosse por orgulho. O Athletic também tinha um guarda-redes internacional, Unai Simón, que defendeu vários remates de Sorloth e Gerard Moreno, o mais incisivo da equipa da casa.
Apesar das muitas tentativas e do esforço irredutível do Villarreal, a vitória parecia estar a caminho de Bilbao. No entanto, as coisas acabaram por virar do avesso.. ou quase. Aos 85 minutos, Gerard Moreno uma das suas na área e, com um remate de pé esquerdo em arco, marcou o golo de honra, que nem sequer festejou. Mas, logo a seguir, Gerard fez papel de assistente e cruzou para Sorloth fazer o 2-3.
Ainda houve tempo para uma epopeia, mas o marcador não se alterou. E se acontecesse, teria sido para um Athletic que perdoou o quarto golo com um remate à queima-roupa de Unai Gomez que Jorgensen salvou por milagre. O Villarreal continua em crise, pelo menos em termos de resultados, contra um Athletic que continua a crescer.
Valência 1-0 Granada
O Valência tem-se debatido entre o pragmatismo e a ilusão, naquela que tem sido uma época estranha. Sofreu mais do que devia para garantir a despromoção na temporada passada, uma situação pouco familiar para um clube com tanta experiência na elite, e o objetivo é, mais uma vez, o menos ambicioso de todos. No entanto, às vezes, as faíscas dos jovens che convidam a sonhar com algo mais do que isso, mas Rubén Baraja está encarregado de diminuir a euforia na sala de imprensa.
Ganhar este domingo permitia colocar a âncora na luta pelas competições europeias. O Granada também não era muito assustador, mas esta época tem-se revelado um adversário incómodo, apesar da má série de resultados (três empates e cinco derrotas nos últimos oito jogos) e das fragilidades defensivas (mais do dobro dos golos sofridos pela equipa che). O Barcelona, no entanto, não conseguiu vencer na visita ao Nuevo Los Cármenes.
O português Thierry Correia foi titular, André Almeida, lesionado, falhou a convocatória dos da casa. Do outro lado, André Ferreira ocupou a baliza e Manafá entrou nos últimos 10 minutos. Hugo Duro, recuperado de um problema na clavícula, esteve em campo. O mesmo aconteceu do outro lado com Bryan Zaragoza, que sentiu algum desconforto durante o aquecimento. Nenhum dos dois parecia sentir dores, pois estiveram bastante ativos, embora tenha sido o homem da casa a beneficiar de uma grande penalidade polémica em cima do intervalo. A mão de Raúl Torrente bateu-lhe na cara, um toque ligeiro, e García Verdura assinalou a grande penalidade.
Pepelu García marcou da marca de onze metros com o único remate à baliza da equipa na primeira parte, o que resume bem a forma como o jogo se desenrolou. Na segunda parte, Sergi Canós, que entrou em campo devido à lesão prematura de Sellim Amallah, teve a oportunidade mais clara do jogo. Assistido pela esquerda, o antigo jogador do Brentford rematou com violência e encontrou André Ferreira.
A vantagem mínima gerou alguma tensão entre os adeptos, que têm visto mais desilusões do que alegrias nos últimos tempos, mas os visitantes não conseguiram incomodar o Mamardashvili. A fiabilidade de Cristhian Mosquera e do resto da defesa anulou o ataque dos rojiblancos, condenados a permanecer em penúltimo por mais seis dias... pelo menos.
Alavés 1-0 Almería
O Deportivo Alavés e o Unión Deportiva Almería abriram a cortina de domingo. A pressão diante dos adeptos é maior, principalmente quando se está há dois meses sem vencer. Antonio Blanco, com duas oportunidades claras de golo, foi o responsável por animar os adeptos da casa. O médio rematou mal aos 19 minutos e a sua segunda tentativa, desta vez de fora da área, foi defendida por Luis Maximiano, a principal novidade da equipa.
O Alavés, muito mais proativo, passou a jogar pela esquerda, onde Javi López e Luis Rioja não paravam de sondar. A grande penalidade cometida por Juan Brandariz Chumi sobre Kike García parecia ditar o primeiro golo, mas Ianis Hagi atirou a bola para as bancadas.
Na segunda metade, o recém-entrado Embarba mostrou a sua potência e precisão com dois remates que incomodaram o guarda-redes da casa. A equipa do Indalic, que ainda não venceu, esteve perto do golo graças a um passe fantástico do argentino Lucas Robertone, que encontrou Sergio Arribas livre, indetetável para a defesa. O remate, algo forçado, saiu ao lado da baliza.
As nuvens enchiam o céu de Mendizorroza, mas o sol apareceu timidamente a menos de um quarto de hora do apito final. Como se fosse a deixa, Aleksandar Sedlar brilhou no meio do caos, pouco antes de ser retirado de maca com uma lesão (talvez grave) no joelho, para fazer o 1-0. Esta vitória é, assim, uma dose de calma para os albiazules, agora a cinco pontos da zona de despromoção. O adversário continua em último.