As principais incidências da partida
Foi um prazer sentar-se, seja nas bancadas ou em frente à televisão, para apreciar duas equipas que privilegiam o jogo ofensivo. Girona e Athletic não desiludiram. Esperava-se verticalidade em Montilivi e eles ofereceram-na. Para quê especular com a posse de bola se, com três passes, se pode entrar na área adversária e, com um par de dribles, se pode criar uma clara oportunidade de golo. Claro que, para isso, são necessários jogadores como Savinho, Tsygankov ou os irmãos Williams .
Assim, desde o início, vimos aproximações às balizas, oportunidades, defesas de Unai Simón e Gazzaniga. Faltaram (mais) golos. Na primeira parte houve apenas um, marcado por Yangel Herrera, mas bem anulado por fora de jogo de Savinho no início da jogada. O brasileiro, aliás, fez uma exibição escandalosa. Que talento, que velocidade, que mudança de ritmo. Enfrentou vezes sem conta De Marcos, um dos melhores laterais da Liga, e em todas, exceto uma, superou o jogador o basco.
Festival de oportunidades
O Girona criou mais perigo pelo flanco esquerdo. Stuani, que substituiu o lesionado Dovbyk, teve uma oportunidade. Tsygankov, pelo flanco direito, a partir de um cruzamento de Miguel, teve outra. Até Aleix García tinha o golo nas botas, mas o internacional espanhol rematou com tanta força que mandou a bola muito por cima.
E o que é que o Athletic fez? Respondeu a cada ação local com oportunidades ainda mais claras. Guruzeta teve a primeira oportunidade da partida aos 4 minutos. Sozinho diante de Gazzaniga, chutou fraco e ao ferro.
Depois disso, os homens de Valverde chegaram em massa. O guarda-redes argentino evitou os golos de Sancet, Guruzeta novamente e Mikel Vesga. Imensurável.
Sem descanso... com golos!
Longe de abrandar o ritmo, o intervalo foi um momento de recuperação e de reentrada na luta. Nico Williams parecia ser o mais motivado, com os seus sprints constantes, mas foi Tsygankov quem abriu o marcador. O ucraniano, depois de mais uma corrida de Savinho e de um toque ligeiro de Paredes, chegou sozinho ao poste mais distante para marcar com um remate rasteiro que passou junto ao poste.
O Athletic não se deu por vencido e entrou mais uma vez no jogo. Os bascos insistiram uma e outra vez no flanco de Nico... até que Sancet, num contra-ataque, se lembrou do seu irmão mais velho. Iñaki dominou em corrida para eliminar dois adversários de uma só vez e rematou com o pé esquerdo para marcar o golo do empate.
E ainda faltavam mais de 20 minutos. Mas já não era a mesma coisa. O Girona já não chegava com fluidez, nem encontrava os seus velocistas nas alas. O Athletic tinha um pouco mais de energia, mas, para além de um remate em arco de Iñaki Williams, também não conseguiu encontrar o caminho para o segundo golo. E foi assim que o jogo terminou, com um ponto junto, mas insuficiente tanto para os catalães como para os bascos.
