Joan Laporta argumenta que a linha de produção em La Masia aliviou a necessidade de ir ao mercado para reforçar o plantel esta época.
"Não gosto de gerir olhando para o espelho retrovisor. Quando chegámos, as coisas estavam muito más, para ser sincero. Estávamos na bancarrota, mas melhorámos. Aumentámos as receitas, reduzimos os custos, reduzimos a massa salarial em 170 milhões de euros? É preciso ter muita capacidade de negociação para fazer esta redução. Também sabemos vender jogadores que valem 80 milhões de euros por razões desportivas".
"Somos um clube comprador, com bom senso e responsabilidade. O que temos e que mais ninguém tem é La Masia, que produz grandes talentos que acabam por jogar na equipa principal. Disse que seria o núcleo do nosso projeto e isso está a ser conseguido. Estamos atentos ao mercado, mas primeiro olhamos para dentro de casa", acrescentou.
"Algumas pessoas pensam que foram feitas para equilibrar o resultado, mas não é esse o caso. As vendas de jogadores que fizemos foram por razões desportivas -(Ousmane) Dembélé, (Marc) Guiu... Não há nada como o Barça. Sabemos vender e quem vier comprar jogadores terá de mostrar a cara. Queremos que aqueles que querem jogar aqui fiquem. Vieram comprar o Lamine por 250 milhões de euros e eu disse que não? A Forbes valoriza-nos muito mais agora do que no ano passado", afirmou.
"Não há outro sítio como o Barça"
Laporta falou ainda de alguns nomes do atual plantel: "Não queríamos porque pensávamos que tínhamos de manter a equipa. Penso que não nos enganámos. O Flick está a tirar muito proveito de muitos destes jogadores. Gündogan foi-se embora, mas Olmo entrou. Há jogadores que estão a ter melhores resultados, como o Raphinha ou o Lewandowski. Estamos satisfeitos. Mas os que quiserem ficar, ficarão no Barça".
Joan também fez referência à situação na baliza: "Precisávamos de três guarda-redes de qualidade depois da lesão de Ter Stegen. Iñaki e Ander são jovens e precisávamos de um com mais experiência. É um guarda-redes com provas dadas, com experiência, que se sabe impor. Agora temos o mesmo guarda-redes de quando Ter Stegen estava lá, mas com a sua lesão ficámos com dois e precisávamos de outro".
"O Barça é um clube justo, sempre foi. Renovámos Araújo, De Jong e Pedri. O Gavi vai renovar em breve. Lewandowski renovará se jogar 50% dos jogos e Raphinha expira em 2027". E Lamine? "Vamos ser justos com todos. Ele tem um contrato e é Deco que toma as decisões, mas tem instruções da direção a este respeito".
"Qualquer jogador que queira sair do Barça tem as portas abertas. Não há outro lugar como o Barça e eles vão aperceber-se disso mais tarde", disse Laporta a propósito da saída de Marc Guiu.