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Papu Gómez assegura que testou positivo porque tomou xarope do filho "por engano"

Daniel Núñez
Papu Gómez, num jogo disputado este verão.
Papu Gómez, num jogo disputado este verão.AFP
O argentino publicou um comunicado nas redes sociais para dar a sua versão da notícia que veio a público na sexta-feira, 20 de outubro. Além de dizer que tomou o xarope do filho por engano, defende ainda que o "processo disciplinar não foi conduzido em conformidade com os regulamentos" e entregou o assunto aos seus advogados.

Papu Gómez é um dos principais protagonistas da última semana, depois de ter testado positivo num controlo antidoping realizado em novembro de 2022, antes do Mundial do Catar, razão pela qual foi sancionado por um período de dois anos sem poder competir. O próprio jogador já recebeu a notificação e só tem de esperar que a Justiça ratifique a decisão numa situação que, até prova em contrário, mancha a sua carreira desportiva.

Campeão mundial argentino, seleção pela qual deixou de jogar há meses, era jogador do Sevilha na altura do incidente. Só este verão deixou o clube e no final de setembro, como agente livre, assinou pelo Monza, onde começou a ganhar progressivamente destaque (16 minutos contra o Sassuolo e 26 contra o Salernitana). Aos 35 anos, resta saber se voltará a pisar os relvados.

O comunicado completo

"Na sequência das recentes notícias publicadas sobre a minha pessoa relativamente a uma possível infração antidopagem, venho por este meio informar os meios de comunicação social e a opinião pública do seguinte:

1) Em primeiro lugar, confirmo que ontem (sábado) me foi comunicada a decisão do Comité de Sanções Antidopagem da Comissão Espanhola de Luta contra a Dopagem no Desporto, através da qual foi acordada a suspensão da minha licença federativa por um período de dois anos.

2) Não só sempre cumpri rigorosamente todos os regulamentos, como também me posicionei como um acérrimo defensor do desporto limpo e do desportivismo, condenando e rejeitando categoricamente todas as formas de dopagem.

3) Nunca tive e nunca terei a intenção de recorrer a uma prática proibida.

4) A alegada infração tem a sua origem na presença de Terbutalina no meu organismo, em consequência de eu ter recebido por engano, de forma acidental, involuntária e não intencional, uma colher do xarope para a tosse do meu filho menor. No entanto, convém salientar que a utilização terapêutica da terbutalina é autorizada para os desportistas profissionais e que não melhora de modo algum o desempenho desportivo no futebol.

5) Sem entrar em questões de fundo, remeti o assunto para os meus advogados, pois considero que o processo disciplinar não foi conduzido em conformidade com os regulamentos.

6) Por último, gostaria de agradecer todas as manifestações de carinho e apoio que recebi nestes momentos difíceis a nível profissional."