Osasuna 1-1 Real Sociedad
Osasuna e Real Sociedad dividiram os pontos no El Sadar, num jogo de alta intensidade, com golos de qualidade, duas lesões preocupantes e dois grandes guarda-redes, com destaque para Sergio Herrera, que continua a bater à porta da seleção espanhola. A única coisa que não deixou nenhuma das equipas satisfeita foi o resultado. Os navarros, porque ainda só ganharam um jogo em casa. Os bascos, porque estão a perder terreno para as equipas do topo.
Não há melhor maneira começar um jogo do que assumir a liderança. O Osasuna saboreou isso mesmo quando, aos dois minutos, Moi Gómez fez o 1-0 após uma grande combinação de Areso e Rubén García, e outra grande ação de Budimir, protetor da bola e assistente.
A reação da Real foi a esperada para uma equipa com a qualidade e confiança dos homens de Imanol. Catena complicou a saída de bola, Sadiq aproveitou para testar as luvas de Herrera e a recarga foi para os pés de Barrenetxea, que por sua vez encontrou um David García imperial. Não foi o pior momento para Barrene que, poucos minutos depois, teve de sair com uma lesão no tornozelo. Preocupante.
Zakharyan entrou em campo, mas a Real tinha dificuldade em encontrar espaços na defesa rojilla bem montada. Só em lances de bola parada criavam algum perigo. A melhor oportunidade foi de Sadiq e surgiu na sequência de um canto, mas Mojica tirou-lhe o pão da boca in extremis. O nigeriano ficou insatisfeito, com a sensação de ter falhado o golo do empate. Pouco antes do intervalo, fez o gosto ao pé com um golo cheio de habilidade no drible, força na condução e violência no remate de zona frontal. Um grande golo para fazer o 1-1.
O míssil era indigesto para o Osasuna, que pedia o intervalo para que os estragos não fossem maiores e pudessem recomeçar a segunda parte, na qual começou o show dos guarda-redes. Os anfitriões voltaram melhor, com Moi Gómez a ser negado por uma grande defesa de Remiro. E se Remiro brilhou, o que dizer de Herrera numa espetacular intervenção dupla
Mesmo com substituições, o domínio txuri-urdin e o contra-golpe rojillo, o resultado não se alterou até ao apito final.
Real Madrid 2-0 Granada
O Real Madrid respondeu à vitória do Girona no início da tarde e colocou pressão no Barcelona e no Atlético de Madrid, que vão defrontar-se no domingo, ao vencer o penúltimo classificado, o Granada, por 2-0.
Brahim Díaz, que tem vindo a ganhar espaço na equipa merengue, foi o destaque da partida. Rodrygo voltou a fazer a diferença em frente à baliza.
Neste jogo, destaque para a entrada de André Ferreira logo aos 11 minutos, depois de Cacique Medina ter tido uma estreia azarada, com uma lesão logo no início da partida.
Uma partida que teve apenas uma direção: a baliza do guarda-redes português. André Ferreira assistiu à combinação entre Kross e Brahim Díaz para o primeiro da partida, ao minuto 26.
Desta vez, Jude Bellingham ficou em branco (André Ferreira teve uma grande intervenção na segunda parte), mas a equipa madrilena não se ressentiu da partida menos conseguida do seu melhor marcador, até porque Rodrygo voltou a assumir as despesas de marcador, ao aproveitar mais uma defesa de André Ferreira após remate do médio inglês.
Com este triunfo, o Real Madrid igualou o Granada no topo da LaLiga, com 38 pontos.
Athletic Bilbao 4-0 Rayo Vallecano
O Athletic Bilbao não deu hipóteses ao Rayo Vallecano no regresso ao San Mamés, onde não perde desde agosto. As duas equipas vinham de boas sensações da jornada anterior, apesar de nenhuma ter vencido - os bascos empataram com o Girona e o Rayo empatou com o Barcelona -, mas não houve dúvidas quanto à melhor equipa.
O conjunto basco entrou com tudo e chegou cedo ao primeiro golo, por intermédio de Guruzeta, anulado com recurso ao VAR, por fora de jogo.
Nico Williams, que renovou finalmente com a equipa basca, esteve nesse lance e na jogada do 1-0, ao recuperar a bola para entregar a Sancet, que assistiu Guruzeta para o 1-0.
O resultado manteve-se até ao início da segunda parte, altura em que se assistiu a uma avalanche basca. A equipa de Ernesto Valverde não deixou margem para dúvidas e foi letal no ataque à baliza do Rayo Vallecano. Espino marcou na própria baliza logo aos 47 minutos e os irmãos Williams (Iñaki, aos 64 minutos, e Nico, aos 68) sentenciaram o marcador.
Girona 2-1 Valência
O Athletic Club Bilbao não o conseguiu fazer há uns dias, apesar de ter tido várias oportunidades para vencer, e o Valência também não o conseguiu este sábado. O Montilivi, estádio do Girona, parece ser um local misterioso onde se verificam circunstâncias anómalas. O todo-poderoso Real Madrid salvou o dia com uma vitória contundente por 0-3, mas nenhum outro clube ainda venceu na casa da equipa que mais marcou golos na LaLiga.
Não foi o melhor jogo do Girona, que ameaçou logo no início com Artem Dóvbyk. O ucraniano tem sido garantia de golo, mas no sábado foi para casa sem poder festejar (marcou antes do intervalo, mas foi anulado por fora de jogo). O jovem Fran Pérez abriu caminho para a sua equipa com uma grande jogada individual pelo flanco esquerdo e esteve perto de inaugurar o marcador, mas o remate saiu ao lado.
Um nervoso Míchel Sánchez viu Yangel Herrera abandonar o terreno de jogo antes do quarto de hora com uma lesão muscular. Pablo Torre, que tem desempanhado um papel secundário no plantel, foi escolhido para o seu lugar. O jovem, que pertence ao Barcelona, não fez por justificar a titularidade na próxima semana e até voltou para o banco de suplentes pouco antes de os anfitriões conseguirem uma reviravolta espetacular.
É assim que os grandes vencem
Antes de tudo isso, muitas outras coisas aconteceram. Uma dessas coisas, e a mais importante, foi o golo soberbo de Hugo Duro. Um erro crasso de David López permitiu que o avançado passasse sem ser incomodado e finalizasse com um remate de puro talento. Mais uma vez, a equipa catalã foi obrigada a dar a volta à situação. Aleix Garcia deixou dois avisos no início da segunda parte, mas Giorgi Mardashvili defendeu.
A equipa che teve uma oportunidade para matar o jogo, num contra-ataque de Javi Guerra que Dimitri Foulquier não conseguiu finalizar, e deixar viva uma equipa com tanta dinâmica na frente nunca é uma boa ideia. E não só no relvado, mas também num banco com vários recursos. Isso ficou demonstrado na etapa final: Christian Stuani e Yan Couto entraram em campo e, entre eles, produziram o golo do empate e o 2-1 final.
