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Foi difícil não se arrepiar quando Barcola marcou o golo que eletrizou o Parque dos Príncipes na sexta-feira, na estreia do Paris Saint-Germain em casa. Sim, era de esperar que o atual campeão jogasse bem depois do desempenho questionável em Le Havre, mas marcar seis golos de tal forma foi relativamente inesperado.
Não que o PSG seja incapaz de o fazer, mas simplesmente porque não se esperava que fosse uma equipa tão polida. Luis Enrique foi comedido na conferência de imprensa após o jogo, mas o espanhol estava certamente muito satisfeito com o desempenho da sua equipa.
O Montpellier nunca incomodou os parisienses e, melhor ainda para eles, deu uma sensação de tranquilidade desconcertante.
O PSG mostrou que tem um verdadeiro senso de solidariedade coletiva... algo muito positivo para o resto da temporada. É verdade que é apenas o início, mas este sucesso convincente não é insignificante. Há cinco anos e meio que o clube da capital não ganhava por pelo menos seis golos em casa.
E havia um homem, Barcola, que brilhava intensamente. Com sua primeira aceleração, ele rompeu a defesa adversária para abrir o marcador sozinho. Muito rápido, muito preciso, muito eficaz, o internacional francês mostrou o seu talento. Desde janeiro que vinha a ganhar protagonismo, mas agora era evidente que tinha atingido um novo patamar: o de líder ofensivo de uma equipa que ainda ambiciona vencer a Liga dos Campeões.
Era difícil prever a sua ascensão, uma vez que há um ano ele não tinha sido convocado.
Mas no relvado do Parque dos Príncipes, ele voou. Não teve dificuldade em assumir o papel de um ponta de lança que finaliza as suas jogadas com golos. E, no fim das contas, é isso que impressiona. Barcola não é um goleador, mas é evidente que está a progredir rapidamente e, se conseguir repetir este tipo de desempenho, os adversários do PSG poderão ter um susto com o número 29.
Na sexta-feira, após o seu primeiro golo, continuou a sua missão provocando a defesa adversária em todas as oportunidades, jogando o mais verticalmente possível. Naturalmente, o Montpellier foi imediatamente dominado e o ex-jogador do Lyon criou perigo a todo momento. No segundo golo, esteve envolvido na construção e depois mostrou o seu instinto goleador ao seguir na perfeição a iniciativa de Ousmane Dembélé.