Brest, entre os triunfos europeus e os fracassos nacionais

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"O importante não é cair, mas levantar-se e seguir em frente". Eric Roy não escondeu o sorriso e o apreço após o jogo da sua equipa na Liga dos Campeões. O Brest não teve dificuldades em vencer o Salzburgo e provou que o seu lugar é na Liga dos Campeões. E isso apesar de o clube estar apenas em 13.º lugar na Ligue 1. Sempre em corrente alternada, o clube tem um ar quente e frio e nunca apresenta a mesma cara duas vezes seguidas. É algo que tem de ser corrigido nos próximos jogos.

"Uma noite de cada vez"

O início de temporada do Brest tem sido muito atípico. Apesar de terem ficado para trás na Ligue 1, os bretões estão entre os melhores clubes da Liga dos Campeões. O motivo? O treinador da equipa só podia explicá-la com estas palavras no fim de semana passado: "A verdade é a verdade de uma noite, e esta noite (sexta-feira passada) estivemos longe da verdade".

No topo do mundo contra o Sturm Graz (2-1), mas depois de volta à terra após uma goleada do Auxerre (3-0), os Ty'Zefs provaram o seu ponto de vista. Tudo depende de uma partida. E se eles não estiverem prontos, mental ou fisicamente, não vão conseguir.

As qualidades estão lá. A equipa finalmente uniu-se e está a jogar bem em conjunto. Mas uma pequena coisa pode mudar tudo.

"Quando não mostramos empenho, intensidade ou agressividade, somos derrotados nos duelos e no jogo", analisou o técnico no final da 6ª jornada da Ligue 1. "A partir daí, podem dizer o que quiserem, o futebol continua a ser um equilíbrio de forças".

Infelizmente, essa é uma história que se repete com mais frequência contra os clubes franceses, levando-os de volta a uma posição que não é do calibre a que deveriam aspirar.

"Todos os jogos nos fazem pensar"

Na terça-feira, o Brest mostrou resiliência e nunca vacilou diante das adversidades, o que lhe permitiu chegar à vitória. Inspirar-se no trabalho feito na Europa para melhorar a nossa abordagem nos jogos da Ligue 1 será crucial contra o Le Havre. E também para somar pontos, se quiserem lutar por um lugar entre os primeiros.

"Todos os jogos nos fazem pensar, sejam eles bons ou maus", disse Eric Roy. Essa reflexão será utilizada neste fim de semana. O técnico poderá optar por uma nova reviravolta e certamente se adaptará ao seu novo adversário, que vem de uma série negativa há um mês.

"Cada jogo vai ser uma experiência de aprendizagem. O nosso problema vai ser conseguir dar continuidade e ter a ginástica de uma equipa que se está a tornar europeia. No geral, a equipa que temos hoje tem mais capacidade de resposta do que no início da época", afirma o treinador.

"Não acho que o que fizemos na Ligue 1 seja suficiente. Queremos ser uma força a ser reconhecida. Sabemos que não vai ser fácil e veremos isso a partir deste jogo contra o Le Havre. Mas o campeonato é o que interessa ao clube", concluiu.