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Clube despede internacional peruano por violência doméstica um dia depois de o contratar

Christian Cueva, diante do argentino Exequiel Palacios num duelo entre Peru e Argentina em junho deste ano
Christian Cueva, diante do argentino Exequiel Palacios num duelo entre Peru e Argentina em junho deste anoChris Arjoon / AFP
O clube peruano Cienciano despediu o internacional Christian Cueva na terça-feira, um dia depois de o ter contratado, na sequência de uma queixa de violência física e psicológica contra a sua mulher às autoridades judiciais e do Ministério Público.

A decisão foi tomada depois de o Ministério Público ter aberto uma investigação contra o jogador e membro da seleção peruana e de um tribunal de justiça ter emitido medidas cautelares a favor da sua mulher, Pamela López Solórzano.

"Após a conclusão do processo de investigação interna, o futebolista Christian Cueva Bravo foi definitivamente afastado do clube Cienciano", anunciou a instituição sediada em Cusco na rede social X.

O clube peruano estava a avaliar a permanência do jogador desde segunda-feira à tarde, quando dois vídeos de Cueva a agredir a companheira num elevador se tornaram virais nas redes sociais. Os vídeos datam de fevereiro deste ano, num hotel em Trujillo, a norte da capital peruana Lima, segundo o advogado da mulher.

A instituição desportiva sublinhou que, quando assinou e apresentou o jogador na manhã de segunda-feira, as imagens de violência familiar difundidas não eram conhecidas.

"Rejeitamos categoricamente qualquer forma de violência, especialmente a violência de género, e não toleramos comportamentos que vão contra estes ideais", afirmou o clube Cienciano em comunicado.

Cueva, um médio criativo, é internacional há mais de uma década, tendo jogado nos clubes mexicanos Toluca e Pachuca, nos brasileiros São Paulo e Santos, e no Al-Fateh da Arábia Saudita, entre outras equipas.

O jogador pediu desculpas e solicitou autorização para jogar numa declaração enviada aos meios de comunicação social locais.

A mulher obteve na terça-feira, junto do Tribunal Superior de Justiça, medidas de "proteção preventiva e de reabilitação" contra o marido, que denunciou por violência física e psicológica.

Um tribunal de família proibiu Cueva de praticar qualquer tipo de atos que "impliquem violência familiar e aproximação a Pamela López".

Entre as medidas cautelares, o tribunal instalou a aplicação "Botão de Pânico" no seu telemóvel, para que ela possa denunciar quaisquer futuros atos de violência.

O casal tem três filhos menores.