Clube despede internacional peruano por violência doméstica um dia depois de o contratar
A decisão foi tomada depois de o Ministério Público ter aberto uma investigação contra o jogador e membro da seleção peruana e de um tribunal de justiça ter emitido medidas cautelares a favor da sua mulher, Pamela López Solórzano.
"Após a conclusão do processo de investigação interna, o futebolista Christian Cueva Bravo foi definitivamente afastado do clube Cienciano", anunciou a instituição sediada em Cusco na rede social X.
O clube peruano estava a avaliar a permanência do jogador desde segunda-feira à tarde, quando dois vídeos de Cueva a agredir a companheira num elevador se tornaram virais nas redes sociais. Os vídeos datam de fevereiro deste ano, num hotel em Trujillo, a norte da capital peruana Lima, segundo o advogado da mulher.
A instituição desportiva sublinhou que, quando assinou e apresentou o jogador na manhã de segunda-feira, as imagens de violência familiar difundidas não eram conhecidas.
"Rejeitamos categoricamente qualquer forma de violência, especialmente a violência de género, e não toleramos comportamentos que vão contra estes ideais", afirmou o clube Cienciano em comunicado.
Cueva, um médio criativo, é internacional há mais de uma década, tendo jogado nos clubes mexicanos Toluca e Pachuca, nos brasileiros São Paulo e Santos, e no Al-Fateh da Arábia Saudita, entre outras equipas.
O jogador pediu desculpas e solicitou autorização para jogar numa declaração enviada aos meios de comunicação social locais.
A mulher obteve na terça-feira, junto do Tribunal Superior de Justiça, medidas de "proteção preventiva e de reabilitação" contra o marido, que denunciou por violência física e psicológica.
Um tribunal de família proibiu Cueva de praticar qualquer tipo de atos que "impliquem violência familiar e aproximação a Pamela López".
Entre as medidas cautelares, o tribunal instalou a aplicação "Botão de Pânico" no seu telemóvel, para que ela possa denunciar quaisquer futuros atos de violência.
O casal tem três filhos menores.