Como Vincent Labrune declarou à comissão de inquérito do Senado francês, no final de junho, o objetivo prioritário era encontrar um único organismo de radiodifusão para baixar a fatura dos adeptos da Ligue 1.

No entanto, a situação catastrófica levou a uma mudança de política, com o projeto do canal 100% Ligue 1 a ser lançado com pouca preparação e sem certezas, apesar de um plano de negócios muito otimista.

300 milhões de euros para a época 2024/2025?

De acordo com o L'Equipe, a DAZN fez uma oferta de 375 milhões de euros, em média, por época, durante cinco anos, para transmitir os melhores jogos da liga. Trata-se do pacote A, com as opções 1, 2 e 4, ou seja, 8 jogos em 9.

Mais especificamente, o grupo britânico pagaria 300 milhões de euros para a época 2024/2025, antes de aumentar o montante para 500 milhões de euros em 2028/2029. Um bónus de 50 milhões de euros poderia ser obtido se a DAZN ultrapassasse os 2 milhões de assinantes.

Segundo o diário desportivo, os custos de produção serão suportados pela LFP Media, a sociedade comercial da Liga. O Conselho de Administração tem ainda de aprovar esta oferta.

O pacote B continua à venda, com as escolhas 3, 5, 6, 7, 8 e 9, bem como os jogos quase diretos. A LFP espera recuperar entre 75 e 125 milhões de euros.

Assim, para os direitos de transmissão nacionais, o montante situar-se-ia entre 450 e 500 milhões de euros, muito longe dos mil milhões com que Labrune sonhava há um ano. A este montante há que acrescentar os direitos internacionais, que só serão recebidos pelos clubes com pontos UEFA e que, na melhor das hipóteses, poderão ascender a 200 milhões de euros.

Por outro lado, serão deduzidos 20% da CVC na primeira época, depois 13% nas quatro épocas seguintes, bem como a taxa Buffet para o desporto amador (5%) e vários outros custos fixos.