Exclusivo Flashscore com Ianis Stoica: "Cláusula de 500 milhões deu-me confiança e pressão"
Agora ao serviço do Universitatea Cluj, emprestado pelo FCSB até ao final da época, Stoica sonha agora fazer com que a Europa volte a falar dele.
O futebolista a quem o presidente do emblema, Gigi Becali, fixou uma cláusula de rescisão de 500 milhões de euros em 2018 revela, numa entrevista exclusiva ao Flashscore, como esteve perto de uma transferência extraordinária para o Arsenal há dois anos.
- Se olhar para o seu percurso até agora, acha que lhe fez bem ou mal o facto de ter começado tão jovem e de ter sido alvo de todas as atenções depois do golo que marcou aos 14 anos?
- Havia muita pressão sobre mim. Se eu tivesse acabado por jogar na Premier League, teriam dito que eu estava perdido. Havia muita pressão, sobretudo porque às vezes jogava na equipa de juniores. Os colegas de equipa e os adversários olhavam para mim de forma diferente, alguns até me viam como um exemplo. Isso fez-me crescer, tive de pôr as coisas em ordem desde muito novo.
- Gostou disso ou era demasiada pressão?
- Adorei! Tornou-me responsável, tinha um horário bem definido. Sabia quando tinha de ir treinar, quando tinha de ir ao ginásio e quando tinha de comer. Tinha uma vida organizada e isso ajudava-me muito. Se não tivesse tido um estilo de vida correto desde cedo, talvez hoje não fosse capaz de lidar com a primeira divisão.
"Sou um jogador adaptável"
- Já falámos do passado, mas se eu lhe fizesse uma pergunta como uma tipo entrevista de emprego: "Onde se vê daqui a cinco anos?", o que responderia?
- Adoraria mudar-me para o estrangeiro, isso é certo. Por agora, estou concentrado no meu projeto em Cluj. Quero chegar aos play-offs. No futuro, gostaria de jogar noutra liga, mas é bom não saltar etapas, passar por tudo. Quero ter conquistas aqui e concentro-me nisso".
- Gostaria de jogar numa equipa com um determinado estilo de jogo?
- Sou avançado, mas, como jogador, tenho de me adaptar onde quer que vá. Se uma equipa de topo me quiser e tiver um estilo defensivo, vou para lá e adapto-me. Não procuro a desculpa de que só posso jogar numa equipa com um estilo ofensivo. Tenho de me adaptar às exigências do treinador. É aí que tenho de jogar o melhor que posso. Mas ainda é muito cedo para falar sobre uma possível saída".
O sonho da Premier League
- Há exatamente dois anos, havia artigos em Inglaterra a dizer que o Arsenal o queria. O que sabe sobre isso? Apenas rumores da imprensa ou foi mais do que isso?
- Houve alguma coisa. Não posso dizer exatamente o quê, não é esse o meu trabalho, sou jogador. Provavelmente foi algo entre os clubes.
- Então, tem conhecimento de que houve negociações entre os clubes?
- Sim, mas não sei mais do que isso.
- Há algum tempo atrás, fiz uma entrevista a Gigi Becali e ele disse-me que tinha confiança em si para consegir uma transferência histórica na Roménia. Alguma vez lhe disse isso? Sentiu que ele o apreciava assim tanto?
- Eu era pequeno, mas ele nunca me disse isso. Não falava com ele sobre esse tipo de coisas.
- A cláusula de 500 milhões de euros que consta do seu contrato motivou-o ou deixou-o deprimido?- Deu-me confiança, mas também houve pressão. A decisão não foi minha. Respeito a posição do clube e sei que tenho de fazer o meu trabalho o melhor possível. Gostei da pressão, não me incomodou. Gosto de jogar com pressão".
Adepto do Manchester City
- Que jogos gosta de ver, gosta de seguir alguma equipa em particular?- O Manchester City é a equipa de que mais gosto! É a equipa que adoro ver jogar.
- Se pudesses criar uma equipa de sonho para jogar contigo e os teus amigos, quem escolherias?
- Todos do City! (risos) Ederson, Walker, De Bruyne. Podemos ser seis, incluindo eu? Eu escolheria Bernardo Silva, o Haaland, o (Alexandru) Chipciu e o (Dan) Nistor.