Fabian Ruiz, a bússola espanhola que orienta o jogo de posse do PSG
É verdade que, desde o seu regresso, Fabián Ruiz não tem conseguido deslumbrar. Entrou em campo contra o Lens, a 14 de janeiro, e perdeu uma oportunidade clara de golo. Titular em Orleans pela Taça de França (4-1) em 20 de janeiro, foi discreto, talvez num ritmo muito lento que ofuscou as suas qualidades de posse de bola e a sua luva no pé para passar.
Mas são essas as qualidades que o treinador asturiano valoriza. Longe dos rumores de uma relação fria entre os dois desde os tempos da seleção espanhola, o antigo treinador do Barcelona parece satisfeito com o desempenho de um jogador que foi titular em seis dos últimos oito jogos da Ligue 1, antes da sua lesão a 3 de dezembro contra o Le Havre.
É uma confiança que o antigo jogador do Betis não tem desde a sua chegada do Nápoles em 2022, com Christophe Galtier mais focado em encontrar lugares para o trio Leo Messi, Kylian Mbappé e Neymar.
Mesmo assim, Ruiz fez 37 jogos em todas as competições, marcando três golos e dando três assistências, mas a sua influência no jogo da equipa não foi notória.
O caráter discreto do jogador de 27 anos pode também ter contribuído para que fosse esquecido aos olhos do público.
Adepto do padel, Fabian é "alguém muito humilde e tranquilo, bem integrado no balneário", diz uma fonte do clube parisiense.
Controlo
Nesta temporada, o antigo selecionador espanhol apostou inicialmente no tridente Vitinha-Ugarte-Zaïre-Emery, mas com o primeiro a jogar como construtor e o uruguaio em segundo plano, abriu-se uma brecha no meio-campo para um catalisador do atual campeão da Ligue 1.
E é aí que a figura esguia e o jogo calmo que tanto o caracteriza surgem para redirecionar e distribuir o ataque. "Um jogador trabalhador e técnico", que garante um certo grau de controlo, resumiu o clube.
O controlo é precisamente o que procura Lucho, que manifestou várias vezes a sua insatisfação por ver o PSG exposto aos contra-ataques dos seus adversários.
Tudo parece indicar que Ruiz terá um papel importante a desempenhar nos próximos meses, com um elenco que lidera com solidez a competição doméstica, por isso alguns olhos estão voltados para a ronda dupla contra o Real, em 14 de fevereiro e 5 de março, para a Liga dos Campeões.
Também ajuda o facto de Lee Kang-in, muitas vezes titular no meio-campo, estar com a seleção sul-coreana na Taça Asiática no Catar.