No domingo à tarde, no Estádio Groupama, a presença de Jean-Michel Aulas no camarote presidencial, perto de John Textor, não foi apenas para apoiar o Lyon num momento de crise desportiva.
JMA, através da sua empresa Holnest, gostaria de comprar o LDLC Arena, inaugurado a 23 de novembro e do qual o proprietário do clube gostaria de se desfazer. A arena custou 141 milhões de euros e foi inteiramente financiada pelo OL Groupe, sendo que, segundo o L'Équipe, um terço dos fundos provém de recursos próprios e dois terços de um contrato de arrendamento de um imóvel.
Em declarações à Europe 1, Aulas anunciou a sua candidatura ao contrato: "Não só é um dos melhores recintos da Europa para concertos, basquetebol e eventos, como é também uma realização ambiental incrível, para a qual trabalhámos com o Presidente da Comunidade Urbana. Por isso, decidimos apresentar uma proposta para o pavilhão".
Textor-Aulas: paz de espírito?
Um sinal de que Textor está a levar esta possibilidade muito a sério. Na segunda-feira, foi alcançado um acordo entre o OL Groupe, a Holnest e a JMA. Nos termos do acordo, o OL Groupe comprará um terço das acções detidas por JMA até 16 de janeiro de 2024, data em que este deixará de ser administrador do clube. O OL apoiará igualmente a candidatura de Aulas à vice-presidência da FFF, cuja eleição está prevista para este sábado. Por outro lado, o antigo proprietário abandona a ação judicial iniciada em agosto.
Estas declarações podem ter consequências, nomeadamente para as intenções de Tony Parker, proprietário do ASVEL, que desde muito cedo definiu as suas ambições. "Tive vários jantares com John Textor sobre este assunto, as discussões estão a progredir bem e espero que cheguemos em breve a um acordo", explicou no L'Equipe a 6 de outubro: "É muito importante para o Asvel e seria bom que o recinto continuasse a fazer parte do ecossistema do Lyon".
Um mês mais tarde, Parker revelou que regressaria à direção do OL.