Os oito arguidos, entre os quais se contam o atual diretor-geral do Dijon (Nacional), Emmanuel Desplats, o responsável pelas contratações do AJ Auxerre (L1), David Wantier, e John Valovic-Galtier, filho adotivo do antigo treinador do PSG, Christophe Galtier, são acusados de "fraude organizada, falsificação e utilização de falsificações, exercício ilegal da atividade de agente desportivo ou cumplicidade".
Dois dos arguidos, incluindo Valovic-Galtier, são também acusados de branqueamento de capitais.
Valovic-Galtier, juntamente com o Wantier e um terceiro arguido, compareceram esta sexta-feira à audiência de instrução no Tribunal Penal de Marselha (sudeste de França).
Num comunicado emitido a 7 de junho, o Ministério Público de Marselha indicou que todos os arguidos eram acusados de "participar, cada um ao seu nível, num sistema que permitia a pessoas que não o podiam fazer, por não terem licença, colocar jogadores ou treinadores em contacto com clubes de futebol profissional, utilizando agentes licenciados como fachada".
Segundo o Ministério Público, este sistema "permitiu que vários contratos de jogadores e treinadores profissionais fossem aprovados pela Federação Francesa de Futebol, que foi vítima destas alegadas atividades, e levou ao pagamento de um grande número de comissões de agentes".
O Ministério Público adiantou que foram apreendidos mais de dois milhões de euros neste processo.
Nenhuma destas transferências ou contratos foi mencionada pelo Ministério Público.
O Ministério Público de Marselha recordou que as penas previstas para as alegadas infrações são de até 10 anos de prisão e uma multa de um milhão de euros.