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Justiça absolve antigo dirigente do futebol peruano acusado de dois homicídios

AFP
Edwin Oviedo ilibado das acusações.
Edwin Oviedo ilibado das acusações.PACO MEDINA / Peruvian Judiciary / AFP
Edwin Oviedo foi absolvido das acusações após um julgamento que começou em 2016 e pelo qual esteve privado de liberdade durante três anos - entre prisão preventiva e prisão domiciliária.

"A inocência de Edwin Oviedo foi provada", disse o seu advogado César Nakazaki aos jornalistas depois de dar conta da decisão proferida pelo Tribunal Superior de Justiça da região de La Libertad, no norte do Peru.

"Ele decidiu a absolvição depois de verificar que a acusação não apresentou acusações (provas) suficientes", acrescentou Nakazaki.

A acusação tinha pedido em 2019 uma pena de prisão de 52 anos para Oviedo, um empresário do setor do açúcar.

O processo judicial obrigou Oviedo a demitir-se do cargo de presidente da FPF em dezembro de 2018. Ele sempre alegou a sua inocência.

Agustín Lozano assumiu o cargo e continua em funções.
Agustín Lozano assumiu o cargo e continua em funções.ERNESTO BENAVIDES / AFP

Oviedo assumiu a presidência da FPF em janeiro de 2015 e durante o seu mandato conseguiu o renascimento da seleção peruana sob a liderança do argentino Ricardo Gareca, conseguindo o apuramento para o Mundial da Rússia (2018) após 36 anos de ausência.

Passou um ano e meio em prisão preventiva e mais um ano e meio em prisão domiciliária, depois de ter sido acusado pelo Ministério Público de ser o "cabecilha" de uma "rede criminosa" e mandante do homicídio de dois sindicalistas mortos a tiro em 2012 e 2015.

Oviedo está em liberdade condicional desde dezembro de 2021.

Os dois sindicalistas trabalhavam numa empresa açucareira gerida pelo antigo dirigente desportivo.

Os procuradores alegaram que Oviedo ordenou as mortes em retaliação pelos protestos organizados por sindicalistas contra ele quando geria a empresa açucareira Tumán em Chiclayo, 770 km a norte de Lima.