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Marcelino aponta "intimidações e os ataques individuais" como razões para a sua demissão

Julie Marchetti
Marcelino durante o jogo entre o Marselha e o Toulouse.
Marcelino durante o jogo entre o Marselha e o Toulouse.AFP
Na noite de quarta-feira, o treinador asturiano publicou uma declaração nas redes sociais, explicando as razões da sua demissão.

Marcelino deixou o clube após menos de três meses à frente do Marselha. No meio de um clima tenso entre o clube e os seus adeptos, o treinador decidiu demitir-se.

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Numa declaração publicada nas redes sociais na quarta-feira à noite, Marcelino fez o balanço dos acontecimentos dos últimos dois dias e explicou as razões da sua decisão de sair.

"Consideramos que o respeito mínimo devido às pessoas e aos profissionais que dirigem o clube, as mesmas pessoas que depositaram a sua confiança em nós e nos escolheram para dirigir a equipa, foi violado. A situação de instabilidade que se vive hoje indica claramente que o projeto desportivo para o qual fomos contratados não pode ser levado a bom termo. Chegámos ao OM com a ambição de devolver a este grande clube o lugar que lhe cabe na Europa. Gostaríamos de agradecer especialmente ao Presidente e à sua equipa de gestão por nos terem dado a oportunidade de construir um projeto desportivo ambicioso para o futuro", escreveu o treinador espanhol.

"Procurámos atingir os objectivos desejados e, dada a nossa experiência profissional, estávamos convencidos de que a equipa estava no bom caminho. A prova é que, após cinco jogos, o OM está em quarto lugar na Ligue 1 (empatado em pontos com o terceiro classificado) e ainda não perdeu nenhum jogo. Ao mesmo tempo, conseguimos ser uma das duas equipas com menos golos sofridos e um dos três clubes invictos no campeonato nacional", prosseguiu.

"As intimidações e os ataques individuais dirigidos ao presidente e à sua comissão na segunda-feira, quando o campeonato vai apenas na sua quinta jornada, prenunciam um futuro incerto, em que as condições de trabalho não são as mais adequadas para exercermos a nossa profissão com segurança e com a normalidade que é habitualmente inerente a um clube de futebol", acrescentou.

"O afastamento do presidente e da sua comissão de gestão devido às graves ameaças, injúrias e calúnias de que foram alvo, acrescido do clima de grande tensão que se instalou neste período de dois meses, tudo isto apesar do profissionalismo e empenho do corpo técnico, torna impossível a nossa permanência no OM", rematou.

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