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Na última semana, muito se falou sobre sonhos entre o Stade Velodrome e a Commanderie, o centro de treinos do OM. Nada de concreto, nenhum objetivo anunciado ou promessa de um lugar no pódio, e ninguém se atreve sequer a mencionar a palavra "título". Mas por que não sonhar?
Após a vitória por 2-0 sobre o Nice, no último sábado, que colocou a equipa provisoriamente no topo da tabela, De Zerbi foi o primeiro a convidar os adeptos de Marselha a deixarem os pensamentos viajar.
"Os adeptos devem sonhar. Não sei onde vamos parar, mas eu, os jogadores, o presidente e a equipa técnica devemos ter ambições. O tempo dirá onde elas nos levarão", disse o técnico italiano, marcando uma clara divisão entre as aspirações dos adeptos nas bancadas e a realidade dos homens em campo.
A chegada de Adrien Rabiot deu um novo brilho ao mercado marselhês e mais substância aos sonhos de todos os envolvidos.
"Rabiot vai trazer o seu nível e, se o fizer, podemos sonhar. Como eu disse, os tifosi têm de sonhar. Mas nós também temos de sonhar. Isso não significa que devamos ser presunçosos, perder o contacto com a realidade e pensar que chegámos onde não estamos hoje. Mas temos de sonhar em chegar onde queremos", disse De Zerbi na sexta-feira.
O duelo dos ambiciosos
"Se tirarmos os sonhos aos jogadores, aos adeptos, aos treinadores ou aos diretores, corremos o risco de ter uma vida monótona. E não se vem para Marselha para viver uma vida monótona", acrescentou De Zerbi.
A visão positiva e ambiciosa do novo técnico do Olympique de Marselha é, naturalmente, alimentada pelos resultados obtidos até agora, com três vitórias e um empate em quatro jogos. No domingo, a visita a Lyon prevê mais uma luta plea vitória contra um clube que, segundo De Zerbi, é "concorrente do OM".
Num confronto sempre tenso entre os dois Olympiques, e que até ultrapassou os limites da tensão nas últimas temporadas com os ataques a Dimitri Payet e Fabio Grosso, o Lyon também tem algumas confirmações por fazer depois de uma vitória sobre o Strasbourg e um bom empate em Lens.
"O OM fez um bom arranque de época em termos de qualidade de jogo e de resultados. Nós não temos o mesmo historial em termos de resultados e pontos. Este jogo chega no momento certo para corrigir a situação", disse o treinador do Lyon, Pierre Sage, na sexta-feira.
O emblema do português Anthony Lopes e do angolano Clinton Mata, que também fez um grande investimento, não tem muitas ambições, a não ser as palavras do proprietário John Textor no início da temporada, quando falou numa qualificação para a Liga dos Campeões e até mesmo "lutar pelo título".
Assim, no domingo, no Estádio Groupama, duas equipas ambiciosas vão defrontar-se. Mas, no final do jogo, talvez apenas uma deles ainda esteja a sonhar.