Neymar: "Eu e Messi passámos por um inferno no Paris Saint-Germain"
Depois de Lionel Messi, é a vez de Neymar atirar uma pedra no jardim do Paris Saint-Germain. Em entrevista ao Globo Esporte, Neymar falou dos seus sentimentos em relação à seleção brasileia, com o aparecimento de Vinicius Jr e Rodrygo, a provável chegada de Carlo Ancelotti em 2024, a sua rejeição do racismo (esquecendo que apelou ao voto no populista abertamente xenófobo Jair Bolsonaro ) e o seu desejo de um dia voltar a vestir a camisola do Santos.
O novo jogador do Al-Hilal de Jorge Jesus considera que ele e Lionel Messi passaram por um "inferno" na capital francesa.
"Estou muito feliz com o ano de Messi, mas ao mesmo tempo muito triste, porque viveu os dois lados da moeda. Foi para o céu com a equipa argentina, ganhou tudo nos últimos anos, e com o Paris Saint-Germain passou pelo inferno. Ele e eu passámos por um inferno. Ficámos zangados, porque não estávamos ali à toa, estávamos ali para dar o nosso melhor, para sermos campeões, para tentar fazer história. Foi por isso que voltámos a jogar juntos. Juntámo-nos ali para fazer história. Infelizmente, não conseguimos", assumiu Neymar.
"Messi deixou o PSG de uma forma que, para o futebol, não merecia. Por tudo o que ele é, por tudo o que ele faz. Quem o conhece sabe que é um tipo que treina e luta. Se perde, fica zangado e penso que foi injustamente acusado. Mas, ao mesmo tempo, fiquei muito contente por ele ter ganho o Campeonato do Mundo. Messi merecia terminar a sua carreira desta forma", acrescentou o astro brasileiro.
Não é certo que as suas declarações ajudem a sua reputação. Neymar chegou ao PSG com grande estrondo, por 222 milhões de euros, um recorde que ainda hoje se mantém, mas lesionou-se muitas vezes quando as coisas se tornaram sérias e a sua condição física foi frequentemente criticada.
Embora tenha ajudado o clube a chegar à final da Liga dos Campeões "pós-Covid", em 2020, o registo é fraco para um jogador da sua categoria.