Nove detidos na sequência do ataque aos autocarros do Lyon em Marselha
O italiano Fabio Grosso, de 45 anos, sofreu ferimentos na cabeça, tal como um dos adjuntos, na sequência do ataque do qual resultou a quebra de alguns vidros do autocarro do Lyon, que se dirigia ao Estádio Vélodrome, em Marselha, onde deveria disputar-se o encontro.
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, afirmou que “não há absolutamente nenhum lugar para a violência no futebol”, numa mensagem publicada no Instagram, após os incidentes ocorridos à margem do jogo.
“Tais acontecimentos, como os que ocorreram em Marselha antes do jogo com o Lyon, não têm lugar no nosso desporto, nem na nossa sociedade, e apelo às autoridades competentes para que garantam que sejam tomadas as medidas adequadas”, refere.
Infantino, que partilhou uma fotografia de Grosso com um curativo no rosto, com a mensagem "Forza Fábio", acrescenta ainda que “sem exceção, no futebol, todos os jogadores, treinadores e adeptos devem estar seguros para desfrutar” do jogo.
Grosso foi ferido pela queda de estilhaços de vidro e necessitou de tratamento médico, bem como o seu adjunto Raffaele Longo, na sequência dos ataques aos autocarros a caminho do estádio, que provocaram ainda ferimentos em cinco policias.
O presidente do Lyon, John Textor, clube no qual alinham os jogadores portugueses Anthony Lopes e Diego Moreira, expressou “profunda raiva” com o incidente e o homólogo do Marselha, Pablo Longoria, também condenou o que apelidou de atos “completamente inadmissíveis”.
“Por causa de um punhado de pessoas imprudentes, a festa desta noite foi estragada e 65 mil adeptos foram privados de assistir a uma partida de futebol”, acrescenta o Marselha.
A ministra dos Desportos, Amelia Oudea-Castera, pediu “restrições mais duras para os desordeiros” e uma “resposta global” e disse que a liga francesa, os clubes e os grupos de adeptos deveriam assumir a responsabilidade.
“As imagens do autocarro do Lyon apedrejado e as do rosto ensanguentado de Fabio Grosso são repugnantes. Esses atos inaceitáveis negam os valores do futebol e do desporto, e todos os seus autores devem ser encontrados e severamente punidos”, refere a ministra.
Em representação do Governo francês, Oudéa-Castéra mostrou “todo” o seu “apoio” ao clube e ao treinador e adjunto.
“Estas ações marcadas pela estupidez e pelo ódio, que nada têm a ver com o desporto, devem ser erradicadas com a maior determinação pelo coletivo de todos os atores, públicos e privados, que realmente amam o desporto e devem unir-se mais firmemente do que nunca para defendê-lo”, concluiu.