O mercado de inverno na Ligue 1: Lyon e Marselha foram os grandes agitadores
Ao contrário das temporadas anteriores, o PSG não fez muito barulho, embora ainda tenha até as 23:00 de quinta-feira, data estabelecida pela Liga Francesa de Futebol para o fecho do mercado, para encerrar alguns negócios.
O campeão francês contratou dois brasileiros, Lucas Beraldo, que será utilizado imediatamente na defesa, e Gabriel Moscardo, do Corinthians, que manteve o seu jovem médio por empréstimo. O PSG poderá contratar mais um defesa se perder Nordi Mukiele, que está à procura de tempo de jogo, embora o Bayern de Munique tenha fechado a porta para o internacional francês.
Por fim, o PSG também está a tentar ainda emprestar dois dos seus jogadores Layvin Kurzawa e Hugo Ekitike, sem sucesso até agora. Em outros lugares, a situação é um pouco mais agitada. O Lyon, em especial, está na zona de descida e luta pela manutenção na Ligue 1.
Lyon e Marselha em movimento
O Lyon esteve ocupado com o mercado de transferências, mas a sua estratégia de contratação não é muito clara. O clube já contratou dois brasileiros, o defesa Adryelson e o guarda-redes Lucas Perri, que nunca jogaram na Europa, além de dois belgas de 18 anos do Gent, Malick Fofana e Gift Orban.
Nenhum destes quatro jogadores parece ter experiência numa luta pela manutenção. Não é o caso do sérvio Nemanja Matić, de 35 anos, que foi resgatado pelo Lyon do seu drama no Rennes, onde chegou no verão, e cuja experiência poderá ser preciosa para o clube de John Textor.
O proprietário americano, que também procurava um defesa, um médio e um avançado, terá encontrado em Inglaterra o extremo argelino Saïd Benrahma, do West Ham, e continua a falar com o Nottingham Forest sobre o médio belga Orel Mangala.
O Marselha, que teve um desempenho melhor do que o Lyon no campeonato, também está a atravessar um período de turbulência, que se reflete num relativo frenesim no mercado de transferências. Depois de um número anormalmente elevado de ausências, devido à Taça das Nações Africanas e às numerosas lesões, o clube contratou cinco jogadores, por empréstimo ou em definitivo: Luís Henrique, Jean Onana, Ulisses Garcia, Faris Moumbagna e Quentin Merlin, do Nantes.
O clube vendeu o defesa brasileiro Renan Lodi ao Al-Hilal, da Arábia Saudita, e emprestou o atacante português Vitinha ao Génova, com opção de compra. Vitinha foi contratado por 32 milhões de euros há um ano, mas a sua confiança estava em baixo. No entanto, a direção do Olympique de Marselha aproveitou o mercado para mexer em parte do plantel, cujo técnico Gennaro Gattuso lamenta a falta de disciplina e compromisso.
Os dirigentes colocaram no mercado o internacional francês Jonathan Clauss e o internacional senegalês Pape Gueye, sem garantias de que possam se desfazer deles antes da meia-noite de quinta-feira.
Clubes fechados para negócios
Outros clubes da Ligue 1 aproveitaram a janela de inverno para fazer ajustes sem gastar muito. O Monaco, por exemplo, contratou o ex-parisiense Thilo Kehrer por empréstimo do West Ham, uma das transferências mais marcantes da temporada.
O Metz também trouxe de volta o astro georgiano George Mikautadze, vendido ao Ajax no verão. O mercado de inverno em França foi marcado pela recusa dos clubes "mais pequenos" em vender os seus melhores jogadores aos clubes maiores.
O exemplo mais flagrante é o do jovem Leny Yoro, de 17 anos, do Lille, cobiçado sobretudo pelo PSG, mas firmemente retido pelos seus dirigentes, pelo menos durante esta época.
Assim como os jogadores do Stade Brest, incluindo Pierre Lees-Melou, que foi impedido de sair para o Rennes, que deve permitir que o clube bretão continue o seu excelente início de temporada (o clube está em 3.º na Ligue 1 e vem de um empate 2-2 no contra o PSG).