Região da Ile-de-France reserva espaço para o futuro estádio do PSG
Cerca de 50 hectares seriam reservados para a futura instalação, cuja localização exacta ainda não é conhecida, de acordo com uma alteração executiva ao plano de desenvolvimento regional (SDRIF) votada na quarta-feira, que cria um envelope de terreno que tornaria o projeto possível.
Várias câmaras municipais da região parisiense já se candidataram, nomeadamente Montigny-le-Bretonneux (Yvelines) e Aulnay-sous-Bois (Seine-Saint-Denis).
Em fevereiro, opresidente do Paris-Saint-Germain, Nasser Al-Khelaifi, anunciou que queria "mudar-se" do Parque dos Príncipes porque a Câmara Municipal de Paris se recusava a ceder-lhe o mítico estádio Porte d'Auteuil, no sudoeste da capital.
O clube parisiense, que tem um contrato de arrendamento de 30 anos com a Câmara Municipal, proprietária do Parque dos Príncipes, até ao final de 2043, considera que a aquisição do estádio é essencial para os seus planos de expansão para 60.000 lugares, contra os atuais 48.000.
Por seu lado, a Câmara Municipal de Paris garantiu ao PSG que a sua porta está "aberta" e que existem "outras soluções" para além da venda para manter o clube no Parc des Princes.
"Apesar de o executivo regional se ter pronunciado repetidamente a favor da manutenção do Paris Saint-Germain no Parque dos Príncipes, o bloqueio da venda pela cidade de Paris parece pôr em causa o futuro do estádio", declarou a região presidida por Valérie Pécresse num comunicado.
A alteração "responde a um pedido do clube", declarou a direção do PSG à AFP.
"Várias coletividades locais pediram publicidade", mas o clube ainda não decidiu a localização do seu futuro estádio e está "a realizar estudos sérios", acrescentou a fonte.
A decisão da região foi contestada na reunião por membros da oposição, como Jean-Marc Germain (Grupo Socialista, Ecologista e Radical), que a considerou um "negócio" para o PSG.
"Estão a preparar-se para oferecer um planalto de 50 hectares, não ao PSG mas a empresários do Catar, em nome da vossa disputa mediática com Anne Hidalgo", criticam os vereadores.