Liga 3: Trofense e SC Braga B empatam (0-0), Belenenses vence Caldas (2-1)
Trofense 0-0 SC Braga B
Na Série A, Trofense e SC Braga B não saíram do nulo.
O Trofense, a jogar em casa, entrou melhor no jogo, com intensidade, optando por um futebol aberto e com forte vocação ofensiva, naturalmente à procura do golo. A sua equipa tomou a iniciativa, exibindo um toque de bola preciso, e soube avançar no campo com propósito e com uma clara determinação em ganhar vantagem. De uma assentada, e ainda antes do fecho dos primeiros 5’, os locais ameaçaram por duas vezes a baliza de João Carvalho: Eric Ayiah rematou forte, à entrada da área, mas falhou o alvo; Nuninho, logo a seguir, avançou com determinação pelo centro do terreno, sem oposição, e, também à entrada da área, rematou em arco para defesa segura do gigante guarda-redes bracarense.
A equipa da Trofa mostrou-se mais voluntária e perspicaz nesta primeira fase, é certo, mas deve ficar igualmente registado, que, aos poucos, o seu adversário soube encontrar a melhor estratégia para controlar o jogo contrário, e muito por força da competência defensiva do seu meio-campo, que, para lá de se posicionar bem no terreno, soube também investir no contra-ataque, embora sem criar lances perigosos.
O SC Braga B soube, pois, equilibrar o jogo, sobretudo a partir dos 20’, o que contribuiu para esfriar o ímpeto do seu adversário. O jogo ficou, então, mais interessante e competitivo, mas sem oportunidades de golo, é um facto. Os visitantes reivindicaram mais a posse de bola, nesta fase de despedida da primeira parte, e mostraram-se então mais operacionais no ataque à baliza de Nuno Silva e sobretudo em lances de bola parada. Um exemplo, Ricardo Rei executou muito bem um pontapé livre (35’), a bola foi colocada no centro da área, e, aí, João Matos rematou, de cabeça, com algum perigo. Pouco antes, Eric Ayiah, sempre ameaçador, criou uma situação aflitiva na área bracarense, num remate de cabeça, e de novo a cruzamento de Diogo Viana.
Num jogo aberto e bem disputado, competitivo e de razoável qualidade, o intervalo chegou com um empate a zero, o que se aceitava, premiando sobretudo a boa resposta de cada uma das defesas.
Tal como tinha acontecido na 1.ª parte, o Trofense entrou melhor nesta última fase, mostrando-se muito mais interessado em desfazer o empate. A sua equipa voltou a dar um sentido de aventura ao seu jogo, e Diogo Viana pôs à prova a categoria de João Carvalho, quando dos 51’ rematou com potência para uma defesa espectacular do jovem guarda-redes. Na jogada seguinte, Nuninho voltou a embaraçar a defesa do SC Braga.
A equipa de Custódio Castro não se encolheu e não se assustou com esta boa entrada do adversário, e, no espaço de um minuto, Yan obrigou Nuno Silva a defesa segura, e, logo depois, só a trave impediu o golo dos visitantes.
Na recta final deste jogo, no qual as duas defesas revelaram grande sentido prático, as duas equipas esforçaram-se o mais possível para ganhar vantagem, e registe-se mais duas ocasiões, uma para cada lado: André Ferreira construiu uma excelente jogada (57’), mas o guarda-redes Nuno Silva correspondeu com uma excelente defesa ao remate de Yan. Os locais responderam à altura, e Carlos Daniel (73’) falhou por centímetros o golo.
Já na fase de compensação, Rodrigo Macedo, entretanto lançado no jogo, revolucionou o ataque da sua equipa, e por duas vezes embaraçou a defesa da equipa da Trofa. Na primeira das duas situações, só a classe de Nuno Silva impediu o golo (90’+1’), com uma boa defesa com os pés.
Num jogo disputado e interessante, o empate, a zero, acaba por se justificar.
Belenenses 2-1 Caldas
O Belenenses entrou da melhor maneira na Liga 3, após a despromoção da época passada. Diante dos seus adeptos, os azuis não demoraram muito a colocar-se na frente do marcador.
Aos 11 minutos, Thomas Militão derrubou Rodrigo Pereira na grande área. Flávio Duarte apontou para a marca da grande penalidade e, na transformação, o mesmo Rodrigo Pereira fez o 1-0 para o Belenenses.
O Caldas ainda tentou reagir, aos 20 minutos Pepo atirou por cima da trave e, aos 29', Miguel Velosa testou David Grilo.
Foi, porém, do Belenenses a melhor ocasião de golo, aos 31 minutos, com Luís Paulo a negar o bis de Rodrigo Pereira com duas grandes defesas.
Na sequência do canto, os azuis chegaram mesmo o 2-0, com Diogo Leitão a bater o canto e Romário Carvalho, ao segundo poste, a cabecear para dilatar a vantagem da equipa da casa.
A reação do Caldas, porém, desta feita traduziu-se no marcador e, aos 35 minutos, Nuno Januário soltou Miguel Velosa e, com um remate cruzado, aproveitando a passividade azul, relançou a partida.
Aos 39 minutos também Miguel Velosa ficou perto do bs, mas o remate foi defendido por David Grilo.
Na segunda parte houve ainda mais Caldas, perante a solidez defensiva do Belenenses, suficiente para garantir os três pontos na estreia.