Acompanhe as principais incidências da partida
No dia 30 de novembro, às 20:00, o Legia defronta o Aston Villa em Birmingham. Ambas as equipas têm nove pontos cada antes deste jogo e - sem surpresa - é o Legia que lidera o Grupo E da Liga da Conferência da Europa. Mas a viagem a Inglaterra já despertava grande interesse muito antes de o jogo da quinta jornada se revelar um duelo de cimeiras. Assim que os polacos foram sorteados contra um adversário da Premier League, muitos adeptos começaram a folhear o calendário e a planear a viagem.
Afinal de contas, o Villa Park tem capacidade para 42 mil pessoas, portanto, de acordo com o regulamento da UEFA, pelo menos 2.100 pessoas deveriam apoiar o Legia. É mais do que em qualquer jogo fora de casa nas taças deste ano.
O problema é que o Aston Villa tentou reduzir o número de espectadores desde o início. Em setembro, o clube inglês ofereceu 990 bilhetes. O Legia pediu 1.700 (o mesmo número que eles próprios ofereceram com um estádio mais pequeno). A proposta foi aceite pelos ingleses, foi registada, enviada à UEFA, mas no início de novembro o Legia recebeu novas informações: haveria ainda menos, apenas 890 lugares para os adeptos polacos.
Esta foi a capacidade que os Villans cederam em resultado das orientações do Safety Advisory Board. Trata-se de um órgão consultivo que reúne representantes do governo local, dos serviços de emergência e do controlo de construção. De acordo com a legislação britânica, o SAG tem muito a dizer sobre a organização de eventos. O que é que o clube fez? Escreveu num comunicado:
"Implementámos imediatamente uma série de medidas, mantendo conversações com representantes do Aston Villa FC e das polícias britânica e polaca - com o envolvimento proeminente do embaixador polaco no Reino Unido, que enviou uma carta aos representantes da equipa inglesa. O pessoal da Embaixada apoiou o nosso clube através de conversações e contatos diplomáticos. No entanto, em 13 de novembro, recebemos respostas do Aston Villa FC e da polícia do Reino Unido, dizendo que o número de bilhetes não podia ser alterado. Enviámos então uma carta à UEFA solicitando a sua intervenção. Em 22 de novembro - após a nossa insistência - recebemos uma resposta da federação europeia sobre a impossibilidade de tomar medidas", escreve o Legia.
O clube acrescenta ainda que esgotou todas as possibilidades de ação. O Aston Villa, por outro lado, restringiu a possibilidade de comprar bilhetes noutros setores às pessoas que já tenham frequentado jogos do Legia. Será que isto vai desencorajar os adeptos com alojamento e transporte adquiridos?
Certamente que não, basta olhar para os recentes jogos fora de casa contra o Áustria Viena, o FC Midtjylland ou.... qualquer um dos jogos fora de casa do clube polaco em Inglaterra, onde os polacos estavam espalhados pelas várias bancadas, o que só torna mais difícil garantir uma experiência de jogo óptima para todos. Como escreve o Legia na conclusão da sua declaração:
"Estamos convencidos de que aceitar o número regulamentar de adeptos convidados no estádio teria um impacto positivo na segurança. Apelamos às autoridades do Aston Villa FC para que adoptem uma abordagem em conformidade com o espírito de competição desportiva e de respeito mútuo", remata a publicação.