Josué: "Gosto de jogar em jogos como este, quando as pessoas não nos dão muitas hipóteses"
Entre os adeptos de outros clubes, é considerado um jogador inteligente, que sabe fazer falta e simular. Discute com quase toda a gente e pode correr para o setor dos rivais para os provocar. Na quarta-feira, porém, compareceu a uma conferência de imprensa com a folha limpa, logo após a anulação do seu cartão vermelho por uma falta mal assinalada pelo árbitro na última ronda da Ekstraklasa.
Josué também tem uma folha limpa na Liga da Conferência, onde o primeiro jogo da época ainda está para chegar para o Legia. Como o Legia vai disputar sete jogos em 21 dias após a pausa internacional, a equipa está a fazer preparativos especiais para a maratona nos relvados. Não só fisicamente: "Treinamos com tanta carga para jogar de três em três dias. O mais importante é estar mentalmente preparado. A preparação física vem em segundo lugar. Mesmo que se seja um monstro, sem uma cabeça bem preparada, a força não nos dará nada".
E porque jogar de três em três dias é, apesar de tudo, um desafio para o corpo, durante uma conferência conjunta com Kosta Runjaic, o português admitiu que respeitaria qualquer decisão relativa à duração das suas presenças em jogos individuais. "O mais importante é a opinião do treinador. É ele que vai dizer se vou jogar aqueles 3-4 minutos a menos ou a mais. Gostaria de jogar o tempo todo, mas para mim o mais importante é o bem do Legia, por isso vou respeitar todas as decisões".
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E apesar de chegar a Varsóvia um rival com um enorme orçamento e estrelas, especialmente em comparação com os vice-campeões polacos, o português não tenciona vergar-se perante os rivais. Como ele próprio admite, conhece-os pela televisão, mas não se preocupa em jogar contra nomes específicos.
"Vemos a Premier League todos os fins-de-semana, aliás acho que toda a gente na Polónia vê. Conheço os jogadores do Aston Villa, mas não me interesso pelas suas características exatas. Não estou à espera de confrontos com nenhum jogador em particular. Toda a equipa do Aston Villa tem muita qualidade. Já enfrentei Youri Tielemans no passado, a rivalidade com Douglas Luiz pode ser interessante, pois ele é brasileiro e eu sou português", explica o capitão.
E embora a diferença de potencial entre o jogo entre o Legia e o Aston Villa seja enorme, o capitão da equipa da capital gosta de jogos em que não há pressão de um favorito sobre a sua equipa. Como ele mesmo lembrou, o Legia era favorito apenas na partida contra o Ordabas Shymkent, e as coisas ficaram complicadas no primeiro jogo.
"Adoro jogar em jogos como este, quando as pessoas não nos dão grandes hipóteses e podemos surpreendê-las. Nós somos o Legia, eu sou o capitão da minha equipa. Gostamos de jogar contra grandes equipas. Vamos entrar no jogo de amanhã totalmente motivados. Cada um de nós vai querer mostrar a melhor versão de si próprio."