Para além da oferta que recebeu do Fenerbache, parece que "Il Luce" também foi procurado pelos sauditas do Al Nassr, onde joga o internacional português Cristiano Ronaldo. O treinador romeno mostra-se relutante e diz que o projeto grandioso no Médio Oriente pode ser de curta duração.
"A Arábia Saudita está a fazer o que a China fez em tempos"
"Porque é que eu havia de ir para a Arábia Saudita? Não tinha qualquer interesse em fazê-lo. As pessoas não percebem bem do que sou feito. Valorizo muito mais o aspeto sentimental e a responsabilidade do que o interesse financeiro. Podia ter ido para o Al Nassr, mas não fui. Podia ter ido para o Fenerbahçe, mas disse que não. Tenho de acabar o que tenho de fazer, se puder, para não me arrepender", revelou o treinador romeno de 78 anos.
"A Arábia Saudita está a fazer o que a China fez em tempos. Não sei quanto tempo vai durar. No momento em que não puderem atuar com a seleção nacional, desistirão. Para já, precisavam de o fazer, depois do que aconteceu àquele jornalista em Istambul (n.d.r: o assassinato de Jamal Khashoggi no edifício da embaixada saudita). Precisavam de mudar a imagem e investiram imenso", prosseguiu.
"Estão a fazer alguns esforços. O futebol continua. Não se trata da presença de um ou outro jogador. Da Europa, é verdade, a imagem desaparece. Os investimentos que fazem no futebol custam menos do que o que poderiam fazer na parte diplomática. Estão a ver o interesse que o futebol pode despertar?", rematou Mircea Lucescu.