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Rui Borges: "O clube merece este recorde, estar nestes grandes palcos"

Bruno Henriques (em Estocolmo)
Rui Borges era um treinador satisfeito
Rui Borges era um treinador satisfeitoVitória SC
O treinador do Vitória SC fez a análise ao triunfo diante do Djurgarden (1-2), na segunda jornada da fase principal da Liga Conferência, que significou um recorde: os vimaranenses são a primeira equipa portuguesa a somar oito vitórias consecutivas na Europa.

Segredo da vitória: "Espírito de equipa, competitiva, teve noção do que ia ser exigido no jogo. Bom ambiente, campo difícil, sintético, o adversário a tentar perceber que forma é que podia ferir. Não fugimos a nossa maneira de jogar, a querer sair com critério e qualidade, expusemos em alguns momentos nas transições, fomos conseguindo anular de alguma forma. O espirito é fantástico, os que entraram, muita malta que não tem jogador deu uma resposta fantástica. Se não tivesse ganhado era o pior treinador do mundo porque mexi muito, ganhei sou o melhor. Sei o que eles trabalhas todos para jogar e fiquei muito feliz pela resposta de todos eles, por tudo o que dão a equipa, que dão aos que têm jogado mais, que obrigam a dar à perna. Só assim é que conseguimos ganhar. Os nossos adeptos são diferenciados, 400 numa visita à Suécia não é fácil, são muito importantes neste espírito. Eles merecem estas vitórias”.

Recorde: "Deixa-nos orgulhosos. O clube, os adeptos, a equipa, os jogadores, todo o staff que trabalha diariamente connosco merece este recorde, estar nestes grandes palcos, ganhar os jogos nestas competições europeias. Orgulha-nos enquanto cidade, enquanto clube. Mas é só isso, daqui a uns dias ninguém se lembra e já estamos focados no Estrela da Amadora.

Bloco médio/baixo: “De alguma forma podemos dizer que foi estratégico. Erai mportante estar curtis e perto uns dos outros. A adaptação ao sintético levava-nos a não ser tão rápidos nas reações, porque não estamos habituados. É tão simples quanto isso. Quanto mais curtos, melhor para nós. Eles tentaram algumas bolas para as costas da nossa linha, fomos controlado. O campo não deixa jogar muito jogo anterior. Alguma má receção, não temos reação, não estamos habituados, e leva a transições. O campo não é bom, condiciona. A malta adaptou-se a isso, soube quando tinha de pressionar, quando não fomos tão pressionantes estivemos coesos, mais curtos. Interpretámos bem o que era o jogo. Voltámos a ser competentes nas bolas paradas, não temos nenhum golo de bola parada, temos sim de seguimento de bolas paradas. A equipa esteve competente nesse momento do jogo que era importante, também.”.

Alterações: “Se calhar até surpreendi alguns jogadores, porque só digo o onze antes do jogo e um outro poderia não estar à espera. De forma estratégica, o Manu Silva e o Alberto Baio deram altura, o Chuchu dava mais profundidade que o Nélson Oliveira. O Chuchu Ramírez e o João Mendes trabalharam muito. O Kaio e o Telmo para serem agressivos no um para um. Em termos defensivos fomos coesos e depois é pensar no jogo do Estrela, não vou ser hipócrita. Dois dias e meio, sintético, viagens… Há malta que jogou hoje e vai chegar a domingo amassada. É fácil dizer que devia ter posto o x, e se não tivesse ganho hoje ia ser criticado. Eu acredito muito neles, isto já estava preparado diante do Paços de Ferreira, é a primeira vez que pensei jogos à frente, temos muitos jogos seguidos, este era particular com sintético. Saiu bem, ainda bem".

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Gerir o grupo: “Eu já disse várias vezes que sou um treinador feliz pelo grupo que tenho, porque acreditam e respeitam quem está neste lado, que é importante. Acreditam na ideia e desde o início que se tem sentido bastante úteis, percebem que todos fazem parte do grupo, estão prontos para jogar. Eu tenho de tomar decisões, é normal. Enquanto líder e equipa técnica, porque não sou só eu, acho que vamos conseguindo ter sucesso. Temos conseguido que os grupos se liguem a nós e acreditem no que passamos, no nosso carácter e personalidade. Porque somos honestos. Às vezes vai doer, mas desde que ia ser treinador sabia isso. Custa-me deixar malta de fora porque trabalham de forma fantástica. Doeu bastante empatar com o Boavista aos 90+7’, mas o grupo deu hoje uma resposta fantástica”.

Bruno Varela: “Às vezes não falamos dos guarda-redes. Ele sabe o quão importante é para o grupo e para o clube. É um grande líder, não digo para puxar o saco, é um grande capitão. Naquilo que é qualidade individual, o currículo fala por ele. Ele sabe e percebe o quanto significa para todo o grupo, todos respeitam. Feliz nesse sentido, os grandes guarda-redes notam-se aí, ele tem feito um grande início de época”.

Seis pontos na Liga Conferência: “Acho que é bom. Devem enaltecer o que o clube tem feito, estão a representar da melhor forma o país, merecem esse louvor. A cidade merece muito estar nas competições europeias. O grupo está motivado, é uma equipa jovem, estão com fome de se mostrar e de chegarem a grandes palcos e não tenho qualquer dúvida que vão estar. Estão com essa ambição enorme enquanto jogadores e equipa. Domingo temos um jogo importante fora de casa, num ambiente difícil e temos de ter esse espírito. Nem sempre vamos estar bem, eu vou dar sempre a cara pelos meus jogadores, porque enquanto eles falharem é sinal que se mostram, que querem. Vou apontar o dedo por falta de atitude e até hoje ainda não aconteceu”.

Djurgarden: “Consideração enorme, respeito o adversário porque na época passada fizeram 16 pontos. Por si só já dita bem a qualidade e o quão são competitivos e bastante exigentes na prova europeia. Uma equipa que foi empatar a um campo difícil na primeira jornada, o espírito do estádio é fantástico e só uma grande equipa é que ia conseguir ganhar aqui”

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