A crescer na seleção alemã, Wagner já recebeu propostas para treinar clubes na Bundesliga
Quando a bola está a rolar, Sandro Wagner está nas suas sete quintas. É quando ele se mostra mais reservado, aplaudindo os jogadores da seleção alto e bom som nos treinos ou a comentar as suas ações de forma tão incisiva quanto fazia como comentador televisivo. No entanto, o assistente de Julian Nagelsmann quase nunca é ouvido em público e fá-lo de forma deliberada.
Porém, há muito tempo que se espalhou pela indústria do futebol a notícia de que um "talento técnico" de alta qualidade está a amadurecer à sombra de Nagelsmann, como o capitão da seleção, Joshua Kimmich, chamou ao ex-jogador esta semana. O Hoffenheim, da Bundesliga, tem vindo a cortejar o ex-jogador há semanas e o diretor desportivo da DFB, Rudi Völler, informou recentemente que há "sempre uma ou outra sondagem" sobre Wagner.
Völler, "sempre em diálogo" com o seu interlocutor, não deu importância à concorrência, entre os quais se contam o Leverkusen e o Leipzig. Wagner permanecerá na DFB "pelo menos até ao Mundial-2026", sublinhou. "O Sandro sente-se muito confortável connosco e está a desenvolver-se bem no seu papel", afirmou Völler, acrescentando que a equipa com Nagelsmann, Wagner e Benjamin Glück é a "ideal". Por isso, "não há razão para mudar absolutamente nada".
Wagner confirma sondagens
E quanto a Wagner? Confirmou a versão de Völler numa das suas raras declarações públicas ao Süddeutsche: "Tenho pessoas fixes à minha volta e posso trabalhar com os melhores jogadores do país. Não estou preocupado com mais nada neste momento".
A DFB está feliz com isso. Wagner é bem recebido pelos jogadores com o seu jeito descomplicado e fresco, mas também exigente. Eles apreciam a visão que o ex-atacante tem do jogo, sendo que Wagner foi dos principais responsáveis pela distribuição de papéis no Euro-2024, acabando por ser importante na recuperação do momento da seleção alemã.
No LinkedIn, Wagner dá a conhecer, de tempos a tempos, os seus pensamentos e atividades. Como aconteceu recentemente com o basquetebol. Escreveu que considera "inspirador pensar fora da caixa e obter novas ideias - especialmente de outros desportos".
Deliberadamente calmo
O treinador de 36 anos "traz as suas grandes qualidades para nós", disse Kimmich, que jogou com Wagner. No entanto, o jogador do Bayern não quis revelar exatamente quais são essas qualidades.
"Não quero que ninguém fique com a ideia de o roubar", atirou com um sorriso.
O próprio Wagner até podia revelá-las, mas a verdade é que recusa-se a dar entrevistas ou a aparecer em conferências de imprensa. O homem que antes polarizava com comentários impetuosos sente-se agora "confortável em ficar calado", disse ao SZ.
"Penso que um treinador adjunto não deve estar em primeiro plano, por isso é uma decisão muito consciente da minha parte aparecer em público o menos possível neste momento. A paz, a tranquilidade e a concentração no trabalho são boas para mim".