A nova vida de Bryan Zaragoza: "O futebol de rua está a perder-se"
Só vestiu a camisola uma vez. No início da época passada, depois de um Granada-Barcelona em que o avançado se apresentou ao mundo do futebol com dribles, fintas, velocidade e uma explosão que deixou os defesas boquiabertos.
A sua explosão foi interrompida quando o Bayern de Munique o contratou, o levou em janeiro e o deixou no banco. Emprestado este verão à LaLiga, Bryan renasceu. O seu futebol de rua está de novo ao serviço de Luis de la Fuente. Um tipo de jogo que lhe faz muita falta.
"Quando era miúdo, só pensava em jogar na rua. Agora vejo muito poucos miúdos a jogar na rua. A minha vida era jogar futebol, não pensava noutra coisa. Chegava a casa da escola, comia e ia jogar. À noite jogava, em casa jogava, partia tudo pela minha mãe... São coisas que se estão a perder, o futebol de rua está a perder-se um pouco", reflete.
De Tiro Pichón a Granada
Do seu Málaga natal, de uma das equipas onde se cuida muito das camadas jovens - Brahim jogou lá -, o Tiro Pichón, teve de sair pela porta das traseiras. "Fiz 11 jogos lá, desde benjamim até ao segundo ano de juvenil. E depois disseram-me 'vamos chamar-te de volta'. Nunca me chamaram de volta, expulsaram-me e passei um mau bocado porque aquele clube era a minha vida".
Mas, longe de desistir, foi para outra equipa e foi contratado pelo Granada. "Fui para outro clube e a partir daí, com aquela raiva de 'sim, eu valho a pena, mas vocês não me valorizaram', comecei a crescer e no ano seguinte o Granada contratou-me. A partir daí, foi sempre a subir".
"Quase comecei de novo para voltar aqui (Osasuna). Comecei bem e o meu objetivo era voltar a jogar pela seleção. Não demorei muito para alcançá-lo e espero mantê-lo", atirou com firmeza.