Os seis jogos da Liga das Nações em setembro, outubro e novembro, contra os Países Baixos (semi-finalista do Euro-2024), a Bósnia-Herzegovina e a Hungria devem permitir a Julian Nagelsmann encontrar a fórmula certa no meio-campo para apoiar um ataque liderado por Jamal Musiala e Florian Wirtz.
"Quatro jogadores importantes saíram: Ilkay (Gundogan), Manu (Neuer), Toni (Kroos) e Thomas (Mülller). Estes são quatro jogadores que desempenharam um papel essencial no Euro", sublinhou Nagelsmann numa conferência de imprensa no início desta semana, acrescentando as saídas de Manuel Neuer e Thomas Müller às de Gündogan e Kroos.
Se a retirada de Kroos, aos 34 anos, já era um dado adquirido desde o final de maio, poucos dias antes de o Real Madrid vencer a final da Liga dos Campeões contra o Borussia Dortmund, o anúncio da retirada internacional de Gündogan, cerca de dez meses mais novo do que o hexacampeão da Liga dos Campeões da UEFA, foi um pouco mais surpreendente.
A braçadeira de capitão, usada por Gündogan desde setembro de 2023, cabe agora a Joshua Kimmich.
Havertz vai dar um passo atrás
Embora Kimmich tenha recuperado o seu lugar no meio-campo do clube com a chegada de Vincent Kompany ao banco do Bayern, Nagelsmann quer mantê-lo no lado direito da defesa da Mannschaft, uma prioridade quando assumiu o cargo em setembro de 2023 e onde finalmente parece ter encontrado estabilidade.
Na sua primeira lista desde a eliminação por 2-1 no prolongamento nos quartos de final do Euro-2024, frente à Espanha, o selecionador alemão reafirmou a sua confiança no plantel que construiu para o confronto continental em casa, contra a Hungria, no sábado, e os Países Baixos, três dias depois.
Kai Havertz (25 anos), que há vários anos é utilizado como avançado no clube e na seleção, deverá recuar um pouco para compensar a saída de Gündogan, atrás do novo avançado do West Ham, Niclas Füllkrug (13 golos em 21 jogos pela Alemanha desde o inverno de 2022).
O buraco deixado por Kroos na frente da defesa será importante para preencher, apesar de o seu regresso à seleção em fevereiro de 2024 ter estabilizado uma Mannschaft que estava em estado de desordem há vários anos (eliminação na fase de grupos dos Mundiais de 2018 e 2022, saída nos oitavos de final do Euro em 2021 e um 2023 catastrófico).
Aos 33 anos e após sete épocas no Brighton, Pascal Gross, que se juntou ao Borussia Dortmund este verão, parece ter o perfil ideal para assumir esta missão perigosa mas vital: ajudar a Alemanha, tetracampeã mundial e tricampeã europeia, a regressar à glória no verão de 2026.
A última vez que a Mannschaft chegou aos quartos de final de uma grande competição foi em 2016, dois anos após o seu último triunfo.