Festa de aba larga: Portugal soma terceiro triunfo consecutivo na Liga das Nações
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Com a equipa na máxima força, Francisco Neto colocou em campo uma equipa bem ofensiva à procura do terceiro triunfo consecutivo. A aposta quase dava frutos logo no apito inicial, quando numa recuperação e transição rápida, Jéssica Silva fugiu pela direita, cruzou para a pequena área, onde Telma Encarnação cabeceou contra uma adversária na linha de baliza e desperdiçou a recarga.
Pouco depois, foi a vez de Jéssica Silva aparecer completamente isolada na cara da guarda-redes adversária, mas perdeu-se em fintas e não chegou a visar a baliza adversária. O duelo entrou numa fase mais morna, com as norte-irlandesas a perderem o máximo de tempo possível nas bolas paradas e as navegadoras a desmontrarem alguma displicência com as facilidades demonstradas.
Ainda assim, o golo inaugural acabaria por chegar antes do descanso, com naturalidade. A guardiã Burns defendeu para a frente um livre de Joana Marchão e Lúcia Alves foi derrubada dentro da grande área. Chamada a converter, a especialista Carole Costa não perdoou e apontou o seu terceiro golo na prova, aos 25 minutos, provando o seu apetite especial por momentos importantes.
O tento soltou as amarras das portuguesas que já estavam confiantes e só Burns ia impedindo que o resultado se avolumasse, particularmente ao travar o remate de ressaca de Lúcia Alves com uma defesa de recurso. Já perto do descanso, em nova transição rápida com superioridade, a defesa do Benfica precipitou-se ao rematar à baliza, em vez de servir Jéssica Silva na área.
Ao intervalo, a estatística contava 64% de posse de bola para Portugal, 9 remates contra apenas um e a constatação de um facto: a eficácia continua a ser o calcanhar de Aquiles da turma de Francisco Neto. Sem alterações a partir do balneário, a segunda parte começou com apenas uma mudança: a finalização.
Aos 48 minutos, um grande passe de Andreia Jacinto encontrou a desmarcação no momento de certo de Lúcia Alves e a lateral, que já tinha tentado à força, atirou em jeito, fazendo um chapéu perfeito a Burns, com a bola a encaixar junto ao ângulo. Que golaço.
No entanto, logo a seguir, voltou-se ao desperdício: Andreia Norton cabeceou em balão à trave, Telma Encarnação rematou de forma acrobática para fora, Kika Nazareth teve um choque violento com Burns - que poderia ter sido grande penalidade, mas não havia vídeo-árbitro - e a recém-entrada Diana Silva teve um desvio fortuito contra as pernas da guardiã.
A avançada do Sporting ficou perto de marcar pouco depois, mas foi impedida por um empurrão nas costas que a árbitra não viu. Francisco Neto voltou a mexer com as entradas de Carolina Amado, Andreia Faria, Ana Dias e Joana Martins.
Houve mesmo toque de Midas do seleccionador português, já que Catarina Amado, lançada em profundidade por Carole Costa, aproveitou a saída precipitada de Burns para fazer o segundo chapéu da noite e estrear-se a marcar pela seleção ao 35.º jogo.
Já perto do apito final, a Irlanda do Norte foi poupada - momentaneamente - ao quarto golo - e terceiro chapéu - quando a nova tentativa de Lúcia Alves foi travada com ajuda de uma mão, não assinalida pela árbitra sueca Tess Olofsson. Ainda assim, nos instantes finais, a lateral do Benfica recebeu (mal) dentro de área, mas conseguiu antecipar-se à defesa e empurrar para o fundo das redes com o pé direito para fechar o resultado nuns expressivos 4-0.
Melhor em campo Flashscore: Lúcia Alves (Portugal)