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Francisco Neto exulta: "Estes resultados vão acontecer com mais frequência"

LUSA
Francisco Neto satisfeito com a exibição
Francisco Neto satisfeito com a exibiçãoLUSA
Declarações após o jogo Portugal-Noruega (3-2), da segunda jornada do Grupo A2 da Liga das Nações feminina de futebol, disputado esta terça-feira em Barcelos:

- Francisco Neto (selecionador Portugal): 

“É a prova, acima de tudo, que jogamos e competimos para ganhar. Não há equipa que ganhe ou perca sempre. Acho que estes resultados vão acontecer com mais frequência. Começámos a perder, conseguimos dar a volta, depois veio o empate, num lance em que facilmente podíamos ter entrado em frustração, e conseguimos reagir. Esta equipa tem crescido na forma como encara os jogos. O que se passou em França (derrota por 0-2, na sexta-feira) e hoje (terça-feira) é sinal de crescimento.

O maior crescimento é na forma como as outras equipas olham para Portugal. A França foi a primeira vez que jogou em 4x4x2, claramente para encaixar na nossa equipa, e a Noruega, que é uma equipa dominadora e com um historial incrível no contexto internacional, baixou as linhas e não nos pressionou tão alto, deixou-nos livre na nossa zona de construção. Isso é sinal de respeito. Antigamente, dificilmente conseguiríamos fazer dois bons jogos num curto espaço de tempo, é sinal da qualidade das nossas jogadoras e também do trabalho que fazem nos seus clubes.

O primeiro objetivo é não descer de divisão (na Liga das Nações), porque, não sendo decisivo, pode ter um peso muito grande no apuramento para o Campeonato da Europa. Depois, queremos chegar a dezembro, quando recebermos a França, a depender só de nós, sabendo que é um objetivo difícil e ambicioso.

Nós, os selecionadores, queixamo-nos de que temos pouco tempo para trabalhar e a grande vantagem de ir às fases finais é essa mesma, ter muito tempo com as jogadoras, o que permite trabalhar as dinâmicas. Tivemos essa felicidade no Europeu-2022 e no Mundial-2023 e isso permitiu melhorar a ideia de jogo, e, quando temos as competições com menos tempo de trabalho, facilita as jogadoras irem buscar essas ideias e dinâmicas.

Estamos a criar referências em Portugal e elas têm consciência disso. É incrível ver o número de crianças hoje aqui, rapazes e raparigas que vêm ao estádio para as ver jogar e que se identificam com elas. Isso cria responsabilidade e há de haver algum erro no caminho porque todos erramos, é tudo novo para nós. Felizmente, estamos numa instituição que nos ajuda e apoia e nos dá todas as condições e nos permite errar de forma sustentável”.

- Andreia Jacinto (autora do primeiro golo de Portugal):

“É muito bom competir a este nível com os grandes ‘tubarões’ da Europa e só mostra que Portugal está a elevar cada vez mais o seu nível. Fazer este jogo contra uma equipa tão boa é muito importante, porque demonstra que estamos cada vez mais perto das melhores seleções da Europa, e só temos de continuar assim.

O primeiro golo pela seleção é muito especial, ainda por cima porque a equipa precisava. O sentimento de poder ajudar é muito bom. As jogadoras portuguesas estão cada vez com mais confiança e acreditamos cada vez mais no nosso valor, que podemos fazer frente a estes adversários. Daqui para a frente vai ser sempre a melhorar”.