Futebol feminino espanhol procura soluções: Jogadoras, RFEF e CSD criam comissão mista
A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), o Conselho Superior de Desportos (CSD) e os jogadores da seleção nacional assinaram assim um protocolo geral de ação que deverá servir para iniciar uma nova etapa próspera e produtiva.
"É um dia muito importante para todos nós. Esta equipa foi ouvida e estamos a tentar resolver tudo. As portas da Federação estão abertas a qualquer problema", afirmou Pedro Rocha, presidente do comité de gestão da RFEF.
O presidente lamentou que algo tão importante como um Campeonato do Mundo não tenha sido celebrado como devia e sublinhou que a Federação sente um orgulho "enorme" no que a seleção feminina fez.
Rocha também teceu elogios a Jenni Hermoso: "Ela sofreu e tem o apoio da casa para o que precisar. A RFEF tem outra forma de ver as coisas. Temos que construir pontes, abrir a Federação e trabalhar com muita estabilidade porque vivemos momentos muito difíceis".
"O governo está a atuar como mediador" no diálogo
O presidente do CDS, Víctor Francos, sublinhou a importância deste acordo, que resulta do "diálogo" e que marca o "início de um acordo", em que "o Governo actua como mediador".
Nesse sentido, o presidente do CDS defendeu que se continue a trabalhar em equipa. "Este caminho tem de ser um caminho de diálogo e de mudança. Gostaria de agradecer a todas as pessoas que estiveram envolvidas na elaboração deste documento, mas sobretudo aos jogadores pela sua atitude e empenho. Este é um dos dias mais felizes desde que sou presidente do CDS, comparável ao dia da vossa vitória no Campeonato do Mundo", afirmou.
Em nome das jogadoras, as três capitãs da seleção nacional assinaram o acordo: Irene Paredes, Alexia Putellas e Olga Carmona.