O gesto da seleção sueca em solidariedade com as jogadoras espanholas: "Acabou"
Jogadoras que não querem ser convocados, uma treinadora cujo emprego está em risco apesar de se ter estreado esta sexta-feira, uma sucessão de declarações das diferentes partes envolvidas, um ou outro despedimento (como o de Jorge Vilda no seu tempo e, mais recentemente, o de Andreu Camps, braço direito de Luis Rubiales na Real Federação Espanhola de Futebol) e uma reunião com a referida instituição e o Conselho Superior de Desporto que só terminou às cinco da manhã. A preparação para o jogo contra a Suécia foi marcada por uma série de circunstâncias que ultrapassam o terreno de jogo.
Kosovare Asllani, que tem uma relação com o país que triunfou em Sydney por defender as cores do Real Madrid, preferiu manter alguma incerteza para causar um maior impacto: "Vamos mostrar o nosso apoio às espanholas durante o jogo. Vamos fazer algo em conjunto. Não vou dizer o quê, já não falta muito, veremos na sexta-feira". Estas declarações foram feitas na quinta-feira, um dia antes do início do jogo em Gamla Ullevi (Gotemburgo).
As palavras da avançada não surpreenderam, uma vez que Filippa Angeldal deixou claro na terça-feira: "É uma situação muito difícil. Elas têm de saber que têm todo o apoio de que necessitam, que os outros países as apoiam em qualquer decisão que queiram tomar. Se acharem que têm de organizar um boicote para conseguir alguma coisa, é óbvio que estaremos com eles. Penso que ninguém quer passar por uma situação destas. Penso que as afeta muito mentalmente".
"Acabou, apoiamos-te" ou "contigo, Jenni e roja" eram algumas das mensagens que se podiam ler nas bancadas do estádio, embora a mensagem principal fosse conjunta: as 22 jogadoras posaram junto a uma faixa ("A nossa luta é uma luta global. Acabou)". Além disso, as campeãs do mundo usaram uma lista simbólica com o "10" da estrela do Pachuca e o slogan já citado que ultrapassou todas as fronteiras.