Personalidade e 11 metros: Portugal vence Noruega (3-2) e ganha vida na Liga das Nações
Recorde as incidências da partida
Em termos teóricos, o favoritismo estava ligeiramente do lado da Noruega, mas a instabilidade recente vivida no seio da seleção nórdica e a ausência da sua principal figura - Caroline Graham Hansen - conferiam a Portugal boas perspetivas de encarar este duelo com otimismo e com possibilidades reais de discutir os três pontos.
Passo em falso e reviravolta
Depois da derrota em França (2-0), na 1.ª jornada da fase de grupos da Liga das Nações, Francisco Neto promoveu quatro alterações no onze, desde a baliza ao ataque, e a equipa portuguesa demorou a encontrar-se em campo. Mais bola e superioridade territorial, sim, mas pouco critério na hora de decidir o último passe. E isso saiu caro a Portugal numa fase inicial.
A saída por lesão da guarda-redes Inês Pereira, logo aos três minutos, foi o primeiro ponto negativo de um início de noite em que a Noruega foi a primeira a festejar. A equipa liderada por Leif Smerud, técnico que comandou os sub-21 masculinos nos últimos dois anos, chegou à vantagem, aos 33 minutos, no primeiro remate enquadrado com a baliza lusa... e que golo!
Recuperação de bola a meio-campo, progressão rápida e o esférico a sobrar para Frida Maanum aproveitar o espaço e rematar cruzado, ainda de fora da área contrária, para o 1-0. Pedia-se uma reação de Portugal de alto nível e ela chegou ainda no primeiro tempo.
Também numa jogada de contra-ataque, Andreia Jacinto aproveitou uma bola perdida no interior da área norueguesa para restabelecer a igualdade, aos 39 minutos, e Carole Costa consumou a reviravolta ao converter uma grande penalidade assinalada por falta de Tuva Hansen sobre Diana Silva, aos 42', para o 2-1.
Francisco Neto sorria e tinha motivos para isso. Não tanto pela exibição, mas pela personalidade demonstrada pelas 'navegadoras' na construção da 'remontada'.
Carole não perdoa nos 11 metros
Insatisfeito com o rumo dos acontecimentos, o selecionador norueguês promoveu uma alteração ao intervalo e colheu frutos no arranque do segundo tempo. Depois de um primeiro aviso de Terland, aos 56 minutos, onde Patrícia Morais brilhou a grande nível com uma defesa fantástica, a avançada do Brighton não perdoou na segunda oportunidade no cara-a-cara com a guardiã lusa.
Com o placard do Cidade de Barcelos a assinalar 2-2, Portugal não se contentou com a igualdade e foi atrás da vitória. Aos 67 minutos, Fátima Pinto rompeu em velocidade pelo corredor e só foi travada em falta por Harviken no interior da área, com a árbitra da partida a assinalar nova grande penalidade a favor da equipa das quinas.
Responsável máxima pela cobrança dos castigos máximos, Carole Costa voltou a enganar a guarda-redes Aurora Mikalsen e anotou o 3-2, salvaguardado pela 'gigante' Patrícia Morais, que se revelaria fatal para as aspirações contrárias e decisivo para a seleção portuguesa conquistar os três primeiros pontos na novíssima Liga das Nações.
Melhor em campo Flashscore: Carole Costa (Portugal)