Liga das Nações: Didier Deschamps promete alterações para defrontar a Itália
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Críticas: "Tenho a minha energia, faço tudo o que posso para manter a seleção francesa ao nível que atingiu, com as exigências e as expetativas que existem. As críticas sempre fizeram parte da minha vida. Os elogios também. Isso não vai influenciar o que tenho de fazer, o que acho que posso fazer para que a equipa francesa tenha o melhor desempenho possível".
Eficiência ofensiva: "É muito frustrante não marcar num jogo como este. (...) Antes deste jogo, tínhamos redescoberto a nossa eficácia. Tínhamos marcado nove golos em quatro jogos. Ter tantas oportunidades e não marcar é frustrante. Volto a repetir: tivemos oportunidades suficientes para o fazer. O guarda-redes esteve muito bem, mas faltou-nos eficácia. (...) Infelizmente, não conseguimos marcar o primeiro golo".
Fadiga psicológica: "Falo muito com eles. Como vos disse, muitos jogadores precisavam de recuperar. Vêm de semanas de três jogos. Há também o cansaço físico e psicológico. Alguns dirão que não podemos ter pena deles. Mas as deslocações e as viagens... A motivação, felizmente, está lá. Há o estado físico, que é mais mensurável, e o cansaço psicológico, que por vezes é maior. E isso é difícil de quantificar".
Balanço: "Estamos em segundo lugar no ranking da FIFA, fomos semifinalistas do Euro e estamos a jogar a Liga das Nações, onde decidi colocar em campo jogadores mais jovens e com menos experiência. Não vão ter o mesmo impacto que os jogadores com mais experiência. Mas estamos aqui apesar de tudo (...) A Itália e a França qualificaram-se, são os melhor classificados, por isso sabemos o que temos de fazer. Vou fazer algumas alterações porque preciso de ver os jogadores a jogar".
Futebol italiano: "Continua a ser uma das quatro grandes ligas. Talvez tenha sido a primeira opção numa determinada altura. Hoje em dia, a Inglaterra tem muitos jogadores com mais recursos do que as outras ligas. (...) O futebol italiano sempre foi atrativo".
Aprendizagem: "Ranieri, o futuro treinador da Roma, tem 73 anos. Ainda vai estar a aprender! A experiência é útil. Aprendo sempre com as discussões e trocas de ideias com os jogadores, quer sejam individuais ou coletivas. O que já fiz antes não sou obrigado a fazer de novo. O essencial é adaptarmo-nos. Quando me levanto de manhã, digo a mim próprio uma coisa: 'Sei que nada sei'. Há pessoas que se levantam e dizem: 'Eu sei'. Eu não sei. Posso aprender com alguém que não é necessariamente mais velho do que eu. Isso faz-me pensar, talvez mudar. O ambiente não é hoje o mesmo que era há dez anos. As exigências não são as mesmas. Vamos certificar-nos de que temos sempre a mesma paz de espírito, a mesma serenidade. E o que é importante: o mesmo desejo".
A rivalidade entre Itália e França: "É sempre um prazer voltar a Itália, porque lá passei muitos anos como jogador e um como treinador. Como jogador, foi um jogo especial. (...) Naquela altura, era muitas vezes a Itália que ganhava. No futebol francês, diziam-nos que nunca ganhávamos nada".
Pogba: "Vi que ele tinha chegado a um acordo. Já suspeitava disso, porque falo com ele muitas vezes. Não sei o que é que ele vai escolher. Ele está a preparar-se. Foi-lhe dada autorização para treinar coletivamente a partir de janeiro, para que possa voltar a competir em março. É mais um passo para ele. Pode inscrever-se em diferentes clubes ou ligas".
O jogo: "Não vamos ter o mesmo adversário de quinta-feira. Precisamos de ver o maior número possível de jogadores em campo. Não há conclusões definitivas sobre se fizemos um bom jogo ou não. Há algumas passagens importantes".