Deixemos de lado as suas carreiras nos clubes e concentremo-nos nos seus feitos com as camisolas nacionais. Estamos a falar de figuras monumentais. Ou melhor, é um termo demasiado pequeno, porque Lewandowski, na Polónia, e Ronaldo, em Portugal, podem contar não só com monumentos, mas, anos mais tarde, até os estádios de futebol terão provavelmente o seu nome.
Ambos sobreviveram a várias gerações de jogadores nas suas selecções nacionais. O capitão da Polónia fez a sua estreia num jogo em que Jacek Krzynówek, nascido em 1976, esteve em campo pela sua equipa, e hoje poderá jogar ao lado de Maxi Oyedele, nascido em 2004. O ícone português, por sua vez, fez o seu primeiro jogo numa equipa com Fernando Couto, nascido em 1969, e hoje treina com Francisco Conceição, nascido em 2002.
Ambos ficaram gravados a ouro nas páginas das respectivas selecções nacionais. Lewandowski abriu o marcador no Euro-2012 em casa para os polacos, tornou-se o rei dos goleadores das eliminatórias para o Euro-2016 e, depois, fez balançar as redes nos quartos de final da prova, que a Polónia nunca mais alcançou na sua história.
Para além da sua profusão de golos, assistências e presenças em grandes torneios, Ronaldo ganhou, afinal, o Euro-2016, um dos maiores triunfos da sua carreira, que, afinal, é difícil de contar. Além disso, em 2026, poderá tornar-se o primeiro jogador da história do futebol a disputar seis edições do Campeonato do Mundo.
O maior número de jogos pela seleção polaca? Obviamente, Lewandowski, que há muito tempo liderou todos nesta classificação e, à noite, vestirá a camisola branca e vermelha com a águia pela 155.ª vez. Jakub Błaszczykowski, segundo nesta classificação, parou nas 109 aparições. E quanto a golos? A vantagem de Lewandowski é ainda maior - tem 84, mais 36 do que Wlodzimierz Lubanski, segundo da lista.
A situação é semelhante para o português Ronaldo, que lidera os números por uma margem ainda maior. Os seus 212 jogos são 66 a mais do que o segundo colocado, João Moutinho. Ele também tem mais do que o dobro de golos que o segundo colocado, Pauleta, que tem 47 golos. Ronaldo tem 132 golos...
Talvez hoje assistamos ao último duelo da carreira de ambos com as cores da seleção. Claro que Lewandowski, de 36 anos, e Ronaldo, de 39, ainda se podem defrontar no próximo mês, numa desforra em Portugal, mas a vida ensinou-nos que é melhor aproveitar o momento, porque nunca se sabe o que o futuro nos reserva.
Polónia e Portugal podem ainda defrontar-se nas eliminatórias do Campeonato do Mundo e depois encontrar-se no próprio evento nos Estados Unidos, Canadá e México. No entanto, este é apenas um cenário, porque noutro o próximo encontro entre estas equipas (sem contar com o de novembro) poderá ter lugar daqui a alguns anos, quando ambas já não estiverem no panorama futebolístico.