"Considero que este é o momento de descobrir um certo número de jogadores". Durante a sua conferência de imprensa no início deste mês, Didier Deschamps manteve-se bastante evasivo sobre as razões por trás da convocatória de Loïc Badé. No entanto, além de descobrir Clairefontaine e a seleção francesa, o encontro de setembro será uma oportunidade para o defesa-central se afirmar e se tornar numa opção importante na mente do treinador.
Um jogador observado há muito tempo
Badé foi várias vezes chamado para uma possível convocatória ao longo das duas últimas temporadas. No entanto, como a sua posição já estava ocupada por vários jogadores, nunca foi chamado. Agora, foi. Com Benjamin Pavard fora de cena, o defesa do Sevilha tem agora a sua oportunidade de jogar e brilhar - mesmo que seja apenas nos treinos.
"Também quero ver jogadores com vista à qualificação para o Mundial. Vou ter de repartir o tempo de jogo pelos jogos, uma vez que os vamos disputar em três dias. A gestão do tempo de jogo vai ser importante", disse Deschamps aos jornalistas.
Além de estar no radar do treinador francês, Badé também deu tudo de si nos Jogos Olímpicos, o que lhe conferiu um novo estatuto no futebol francês. Poderoso, diligente, forte no cabeceamento e possuidor de um vasto leque de qualidades defensivas, faz logicamente parte da competição feroz que reinará na equipa francesa antes do Mundial-2026.
É um estatuto que ele aprecia e ao qual tenta fazer jus enquanto saboreia a experiência.
"É verdade que as coisas estão a acontecer muito rapidamente, por isso estamos a aproveitar ao máximo. Estou a tentar não colocar pressão sobre mim próprio. Vou para o jogo contra a Itália com lágrimas nos olhos", disse o jogador na conferência de imprensa.
Um início de temporada irregular no Sevilha
O jogador poderia estar de saída, mas acabou por prolongar o contrato. Badé está agora vinculado ao clube com o qual jogou no ano passado até 2029. É uma longa duração, que prova o apego do francês ao seu clube, apesar de um início de época lento. Em quatro jogos disputados, o Sevilha perdeu duas vezes e empatou duas.
Longe de ter tido um início perfeito, o clube andaluz está em dificuldades. Mas, orgulhosamente no centro da defesa, Badé está atento. Contra o Maiorca, por exemplo, o jogador dominou e ganhou cinco dos seus duelos aéreos. Também provou desde o início da temporada que tem capacidade com bola, com uma média de 87% de passes concluídos nas três primeiras jornadas da LaLiga.
Assim, chega a França num momento difícil para o seu clube, mas no qual está a brilhar individualmente. Substituindo Fofana, terá de trabalhar duro para fazer uma diferença ainda maior e almejar novas convocatórias. É possível que consiga um tempo de jogo antes do final da partida contra Itália ou contra a Bélgica.