Roberto Martínez: "As equipas ganhadoras precisam desta resiliência para vencer torneios"
Primeira parte vs segunda parte: “Como selecionador gostei das duas partes, porque a primeira estivemos brilhantes. O jogo com bola foi de um alto nível. A movimentação, os padrões de ataque, fizemos os dois golos, tivemos oportunidades. Na segunda parte, a Croácia teve bola, defendemos com intensidade, um foco incrível e resiliência. As equipas ganhadoras precisam desta resiliência para vencer torneios. Gostei disso, mas acho que a primeira parte foi brilhante”.
Cristiano Ronaldo: “Dia muito especial. Marcar 900 golos não é fácil. Mas estava a dar o exemplo, alcançou pelo compromisso com a seleção o trabalho durante os treinos, a disciplina. 900 golos é fantástico para história do futebol português, mas um exemplo para o balneário”.
Equipa livre: “É importante ter equilíbrio, mas ter disciplina. É importante os jogadores sentirem-se livre no relvado, mas gostei da disciplina tática. Isso permite usar o talento para marcar golos. Marcamos dentro dos 10 minutos, criámos oportunidades, a Croácia teve problemas para defender os jogos na primeira parte. Liberdade é importante quando há disciplina tática”.
Pepe: “Trabalhar com o Pepe no quinto europeu deixou valores equipa. Vou falar de resiliência, exemplo, intensidade defensiva, dar tudo até ao fim, companheirismo. Os valores que mostrámos nos últimos 20 minutos do ogo são o Pepe. Queríamos deixa-lo orgulhoso .Era uma homenagem especial”.
Dalot: “Faz diferença que temos diferentes opções e podemos executar isso depois de três treinos. Quando temos convocados é porque há continuidade. Ele pode jogar por fora e por dentro, podemos ter muitas opções. Croácia teve dificuldades a fazer roturas por dentro e o Dalot esteve muito bom. É uma estratégia, não para todos os jogos. A Escócia é totalmente diferente, mas competitiva, difícil e precisamos de mais opções”.
Defender recuado: “Queremos defender com bola, mas também é uma competição. Jogar com a Croácia em casa, estar na frente do marcador, é importante mostrar que podemos defender sem bola também. Faz parte de ser uma equipa. Podemos mudar, usar diferentes valências e não tivemos os últimos minutos a bola, mas eles tiveram nas áreas que queremos e defendemos bem. O 2-0 é muito difícil. Porque o próximo golo marca o resto do jogo. Fazer o 3.º muda totalmente, quando a Croácia marca pode existir risco. Tentar coisas que não ia fazer com o 0-0 e temos de defender bem sem bola”.
Vitinha: “É um jogador que nos últimos 12 meses foi o que evoluiu mais, entrou num patamar excecional. Pode controlar o jogo, capacidade de tempo espaço, qualidade técnica. Merece estar na lista da Bola de Ouro. Ainda não sabemos a avaliação médica, mas está fora do jogo com a Escócia, problema no tornozelo. Vamos avaliar”.
Alterações ao intervalo: “Pedro Neto não jogou 90 minutos desde abril. 2-1, um jogo exigente, precisámos de ter mais energia e ser mais fortes na zona central. Poder para jogo de Modric e Kovacic. Era importante controlar o centro do campo e foi aí em que parámos o perigo. A saída do Rafael Leão foi mais para ajustar as posições, jogar com o Nuno Mendes mais acima. Temos dois jogos, 72 horas, é importante usar as valências.”
Gonçalo Inácio ou António Silva: “ Eles os os dois são agora melhores jogadores por terem partilhado o balneário com o Pepe no Europeu. Acho que os dois têm valências diferentes. O Gonçalo Inácio era importante na primeira parte pelo que fez com bola, o pé esquerdo dá equilíbrio melhor na saída. Nos últimos 20 minutos precisámos de energia, O António Silva fez isso bem. São os dois jogadores importantes. Rúben Dias são tem importância e liderança alta. E depois acreditamos neles . ORenato Veiga tinha sido muito bom ver no relvado. Uma coisa é chegar à seleção, outra é ter jogos. Faz parte do processo. Temos muitos jogadores para o futuo.
Quebra de rendimento: “Acho que fizemos isso muito bem. O Bernardo, o Bruno fizeram muitos movimentos para abrir espaços e depois receber bola. A equipa ganha porque criamos oportunidades e marcamos golos. Na segunda parte não fizemos isso porque o 2-1 dá um sentimento de menos risco, o movimento sem bola não é o mesmo, mas faz parte. Mas jogar do minuto 0 ao 90+5 de forma brilhante e ganhar 5-0 é perfeito, mas não é futebol”.