Roberto Martínez destaca Ronaldo e deixa no ar estreia de Quenda: "Mostrou que está preparado"
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Cristiano Ronaldo: "Marcar 900 golos não é fácil, é um feito histórico, incrível e uma inspiração para as próximas gerações. Para mim, como selecionador, o importante é porque é que o Cristiano marcou durante o jogo. Foi o desempenho. Fez um jogo muito bom, cheio de inteligência, o nosso ponta de lança não é só golos. Marcar é importante, acho que é um número para o futuro, mas para nós é agora e agora é o desempenho que o Cristiano fez contra a Croácia. Foi importante para abrir espaços, ganhar o jogo e trabalhar muito para a vitória. Acho que ninguém pode dizer que o Cristiano não pode fazer alguma coisa. É incrível o que está a fazer no futebol. Para nós, o objetivo é coletivo, que o Cristiano possa ajudar a seleção. Não só golos, mas assistências. Se fizer 100 assistências, fico muito contente".
Mulher escocesa: "A mulher não é o problema, são os sogros. Já tive essa experiência, mas agora é fácil. Há duas seleções que se podem apurar. Agradeço o formato da Liga das Nações, podemos ficar contentes e ganhar o jogo".
Substituto de Vitinha: "Temos muitas opções. O João Neves entrou, mas o Palhinha foi muito importante contra a França. Temos opções e flexibilidade. Não posso falar do 11 inicial. Precisamos do treino para avaliar todos os jogadores".
Alterações: "Podemos ter mais alterações. Dois jogos em 72 horas? Precisamos de proteger os jogadores, repartir esforços e espero ajudar os jogadores para escolher um onze inicial que está fisicamente e mentalmente preparado para a exigência de um jogo contra a Escócia".
Quenda: "Posso falar do processo. O processo é merecer chegar à final. Ele fez isso. A idade não é um critério. Posso dizer que o Quenda, o Tiago Santos e o Renato Veiga vão estar na lista, no banco. Minutos ou não, a decisão é em relação ao jogo. Temos dois ou três jogadores para a mesma posição. Posso dizer que mostrou durante o estágio e durante os treinos que está preparado para ajudar a seleção".
Descanso em convocatórias futuras: "Precisamos lembrar que em março utilizámos oito jogadores para um jogo e oito diferentes. Faz parte da minha forma de trabalhar. O trabalho nos treinos e nos jogos é importante, mas descansar também faz parte".
António Silva: "Está muito bem. Foi uma boa notícia ver a energia e a força do grupo. Todos os jogadores têm frescura e energia. Não vi fadiga no António, não vi um problema. Entrou numa altura complicada e esteve bem. Acreditamos no António e acho que está preparado".
Escócia: "Os nossos jogadores conhecem a intensidade do futebol britânico. A Escócia tem muita intensidade, ataques rápidos, experiência. É diferente da Croácia, mas é uma equipa objetiva, vertical, com qualidade para manter a bola e os últimos resultados mostram que a Escócia quer ganhar. Perde depois do minuto 90. É a primeira vez que tem dois jogadores na Serie A, tem jogadores na Premier League. Não é só uma equipa física".
Selecionador escocês: "É importante ver o que o Steve Clarke fez pela seleção, a qualificação para o Euro. É preciso acreditar e apoiar o selecionador. Não é fácil ir a fases finais. A minha experiência diz-me que é importante acreditar num projeto além dos resultados emocionais de um torneio. O Steve Clarke teve muita experiência".
Foco em Ronaldo: "Estás a perguntar ao homem errado. Tem a ver com o coletivo, os miúdos. Mas é uma importante oportunidade para desenvolver os mais jovens com jogadores como Cristiano ou Pepe. Temos 10 milhões de pessoas e o número de grandes jogadores que temos fala por si só do trabalho que temos feito, do talento e da mentalidade. Tudo vem de exemplos como Cristiano e Pepe. Mas o futebol é um jogo coletivo e dos seus valores".
Análise à Escócia: "Tem dois jogadores que estão a jogar fora. Isso muda a mentalidade, quando vais para fora, quando tens de encontrar forma de estar forma. O futebol italiano vai levar o futebol escocês a outro nível. Obviamente há outros, como o Andrew Robertson também, alguns jogadores na Premier League. O número de jogadores que têm na Premier, diz bem do trabalho. Todas as seleções podem desenvolver-se quando têm o mesmo treinador, quando têm experiências. O problema é não partilhar o feeling do dia seguinte à vitória, criar um balneário... Quando vemos a equipa, é claro o que querem fazer. Steve Clarke conhece os jogadores. O jogo com a Espanha será sempre o destaque. Mostra bem o que foi feito. Esta equipa escocesa é muito competitiva, mas que trabalha com clarividência do que o Steve quer".