Roberto Martínez: "Queremos chegar aos quartos, mas daqui a 18 meses há uma fase final do Mundial"
Polónia: “É uma equipa que arrisca, gosta de jogar ao ataque. Em todos os jogos tiveram quatro ou mais golos, menos fora com a Croácia. Gostam de atacar, ter riscos. O mais importante é o que temos de fazer, a nossa sincronização, ligações, o que podemos mostrar com jogadores novos, que não têm a mesma experiência do jogo em Varsóvia. A Polónia gosta de jogar com uma linha de cinco, com uma estrutura flexível no ataque, que coloca jogadores na área rapidamente”.
Lewandowski: “O capitão da seleção é uma figura, o Lewandowski é o farol desta Polónia, mas já usaram seis avançados nesta competição. Quem o vai substituir tem minutos, está familiarizado com a forma de jogo. É um dos melhores avançados do futebol mundial e importante para eles”.
Jogadores da Polónia: "Há muitos jogadores que gostam desta seleção polaca. O Zalewski tem um potencial incrível, gosto muito, toma riscos. O Zielinski tem capacidade de ligação com os avançados, é muito importante. O ponto forte da Polónia é a ideia de jogo, uma equipa que arrisca, que gosta de chegar à área e criar muitas oportunidades. O Lewandowski é o farol, mas a Polónia usou seis pontas-de-lança diferentes na Liga das Nações e quem o vai substituir tem conhecimento."
Ausências na defesa: “Acho que é um desafio muito bom para nós. Lesões acontecem, especialmente em novembro, mas gostei da personalidade dos novos jogadores, da integração no balneário. Agora é um processo para acrescentar ao grupo. Depois deste estágio vamos ser mais fortes. Porque ter jogadores jovens com experiência como vimos o Renato Veiga, agora temos o Tomás Araújo, o Tiago Djaló, o António Silva está a ter experiência. Estou ansioso por ver os jogadores novos amanhã”.
Ausência de Palhinha e Rúben Neves: “Não foi uma semana difícil, gostei muito da integração dos novos jogadores, o que diz muito do balneário que temos. Agora é um desafio para todos. Depois do Europeu perdemos o Pepe, agora o Rúben Dias. Estamos num processo pra usar jogadores novos. Queremos ganhar, chegar aos quartos, mas pensar que daqui a 18 meses há uma fase final do Mundial. Perdemos quatro jogadores que foram importantes e é um bom desafio para mostrar que a Seleção tem jogadores preparados”.
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Importância de vencer a Polónia: “Não gosto da palavra experimentar. Estamos na Seleção, que tem os melhores jogadores de Portugal, é dar oportunidades. Em novembro há muitos jogadores com lesões e acaba por ser importante para utilizar jogadores com valência diferentes. Podemos utilizar a mesma estrutura, a ideia não muda, queremos ter o controlo do jogo, marcar golos e vai ser bom ver os jovens. O jogo com a Croácia é diferente, fora de casa. Queremos os seis pontos para estar nos quartos de final da Liga dos Nações”.
Calendário: “Já falei disso. Eu tenho a minha opinião, acho que o jogador gosta de jogar. O que é importante é o descanso entre épocas. O número de jogos durante a temporada é bom, se fazem 80 jogos é porque estão a lutar por todos os títulos. É um momento que precisamos todos de mostrar responsabilidade e encontrar uma solução. Temos de ter um bom descanso entre épocas. Não é um problema sem solução, temos de nos sentar todos”.
Gonçalo Inácio: “Falei do Rúben Dias que tem 50 internacionalizações e o Pepe que é um histórico. É um aspecto de liderança. O Gonçalo Inácio é um jogador jovem, com muita qualidade foi uma decisão médica. Não está a 100% e por isso não está apto para ajudar a Seleção. Está a treinar com o clube, mas é o futuro e o presente de Portugal”.
Liga das Nações: "O objetivo é chegar aos quartos de final. É uma competição que gosto muito, nova, mas é muito importante para as seleções poderem jogar num torneio de liga. Não acho que há favoritos até à final four. Quem lá chegar podes falar em relação a quem lá está. Agora é tentar crescer, ajuda muito os treinadores a acrescentar ao grupo, criar competitividade e isso faz claramente com que não haja favoritos, mas quem está a crescer e pode chegar à final four”.
Samu Costa: “Quando fazemos a escolha é de 26 jogadores. Tivemos 30 jogadores arranjar um critério. Quisemos utilizar todos, não deixar jogadores de segunda linha ofensiva de fora, com Matheus Nunes e Pedro Gonçalves. Quando ficaram de fora, o Samu é um jogador que fez um estágio muito bom, é para o futuro, mas gosto muito do equilíbrio que pode dar ao meio-campo. É um pé esquerdo, tínhamos o Renato Veiga, mas é mais natural”.
Meio-campo mais ofensivo: “É uma hipótese, mas tem de haver equilíbrio. Uma equipa que joga com muita largura, como a Polónia, temos de ser fortes por fora. São muito bons na transição e é preciso existir uma boa ligação. Na Polónia foi o Rúben Neves, Bernardo Silva e Bruno Fernandes que estiveram muito bem. Amanhã temos Samu, Vitinha ou João Neves que podem fazer esse papel”.
Mudança de estratégia com as lesões: “Temos jogadores polivalentes. É ajustar, não mudar a estratégia, mas ajustar a valências dos jogadores. Faz parte do processo. Nas seleções temos de mostrar que somos flexíveis taticamente e os nossos jogadores têm uma boa personalidade para olhar de frente o desafio”