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Selecionador da Dinamarca adora a Liga das Nações mas sente falta dos jogos particulares

Ritzau
Kasper Hjulmand sente falta de poder experimentar jogadores e mudanças táticas
Kasper Hjulmand sente falta de poder experimentar jogadores e mudanças táticasProfimedia
Em tempos, os jogos particulares das seleções nacionais eram os preferidos entre os adeptos, uma vez que era onde aconteciam as experiências, as estreias e se percebia o potencial das equipas.

Mas, com o advento da Liga das Nações, o selecionador da Dinamarca, Kasper Hjulmand, pode vir a perder mais jogos de preparação.

O torneio da Liga das Nações, cujo sorteio acontee esta quinta-feira, às 17:00, substituiu a maioria das datas dos jogos particulares a partir de 2018 e, com pontos em jogo que ajudam a definir as classificações para o Campeonato da Europa e para o Campeonato do Mundo, o torneio é tão importante para Hjulmand que deixa pouco espaço para experiências.

"Nos anos em que tenho estado envolvido, sempre desejei um jogo particular de vez em quando para experimentar algo. Não se trata tanto de testar os jogadores, mas mais da forma de jogar. Todos os jogos são extremamente importantes, porque há uma enorme diferença entre ficar no primeiro ou no segundo escalão de uma qualificação", explicou Kasper Hjulmand.

De qualquer forma, Hjulmand experimentou o seu batismo de fogo como selecionador nacional no outono de 2020, com o grupo da Liga das Nações contra a Bélgica, a Inglaterra e a Islândia.

"Quando comecei como selecionador nacional, disse aos jogadores que iria fazer experiências com a nossa forma de jogar para testar a flexibilidade e aprender o máximo possível sobre a equipa e o que era taticamente possível. Por isso, mudei a formação durante muitos jogos. Mas acho que agora é difícil, por isso teria gostado de um pouco mais de treino e de jogos particulares, em vez de jogos que têm de ser ganhos a todo o custo", acrescentou.

No entanto, não há dúvidas sobre a atitude de Hjulmand em relação à Liga das Nações. O técnico de 51 anos adora o conceito e o facto de a Dinamarca enfrentar alguns dos melhores países da Europa, na Liga A, pelo terceiro torneio consecutivo.

Se antes alguém questionava a legitimidade do torneio ou considerava-o um jogo de treino para ganhar pontos, Hjulmand diz que esse ceticismo foi posto de lado.

O seu sentimento é de que o torneio é altamente valorizado, até mesmo pelas melhores nações do continente.

"Estes países jogam os jogos para os ganhar. Por isso, foi muito importante quando jogámos a final da fase de grupos na Bélgica em 2020 e quando a França veio a Parken em 2022, depois de a termos vencido no Stade de France. Além dos pontos para as classificações, também é muito importante para as nações chegarem à Final 4 e também há muito dinheiro a ganhar. Portanto, é um formato em crescimento, com jogos muito competitivos", defendeu Hjulmand.

O selecionador da Dinamarca salienta que o confronto com os maiores está a ajudar a desenvolver a sua seleção.

"Já defrontámos duas vezes países como a Inglaterra, a França, a Bélgica e a Croácia. É ótimo ter jogos tão grandes. Por isso, seria muito bom se conseguíssemos ficar lá em cima", sublinhou.

Hjulmand não tem desejos específicos quando a Dinamarca, esta quinta-feira, estiver à procura de adversários para a fase de grupos, que decorre de setembro a novembro deste ano. Com uma exceção.

A Dinamarca poderá voltar a defrontar a França, com quem esteve no mesmo grupo na última Liga das Nações e nos dois últimos Campeonatos do Mundo.

"Eu diria que já defrontámos a França. Seria bom tentar algo diferente", disse Hjulmand.