Oficial: Ana Borges renova contrato com o Sporting até 2025
“Estou muito feliz, é fácil aceitar renovar quando estamos no nosso clube. O mais fácil é ficar e conquistar muitos títulos pelo meu clube, acima de tudo quero dar alegrias aos adeptos”, começou por dizer aos meios de comunicação çeoninos a experiente jogadora, que prolongou a ligação ao Sporting pela segunda vez, mas “é como se fosse a primeira”.
“É como se me estivessem a ligar pela primeira vez a dizer que vai passar a haver uma equipa de futebol feminino no Sporting. É sempre uma alegria e um orgulho enorme, hoje tenho cada vez mais a certeza de que nunca dei um passo atrás ao vir para o Sporting. Estou no clube onde sempre quis jogar e no qual me vou retirar de certeza”, revelou.
175 jogos e 30 golos depois, Ana Borges conta já com duas Ligas, três Taças de Portugal e duas Supertaças conquistadas de leão ao peito, sendo uma referência para muitas das jogadoras mais novas do plantel, mas não vê isso como uma responsabilidade acrescida.
“Não acho que seja um peso. Fazer o que mais gostamos e no clube que mais queremos, isso sim é uma responsabilidade. Vão passar muitas jogadoras pelo Sporting que vão fazer a sua história e deixar a sua marca, mas o clube é que fica sempre”, sublinhou, fazendo questão de realçar a aposta que o Sporting tem feito nos escalões de formação.
“É gratificante. Temos uma excelente formação, com jogadoras de muita qualidade nas seleções jovens que certamente vão chegar à equipa A. O futebol feminino tem tendência para evoluir cada vez mais”, afirmou a portuguesa mais internacional de sempre (169 internacionalizações), sem esquecer o percurso trilhado pelas atletas que foram pioneiras.
"(Nós que) estamos mais perto do fim (da carreira) sabemos do legado que deixamos. Somos privilegiadas por termos visibilidade devido ao crescimento que tem havido, mas temos de agradecer às primeiras jogadoras que apostaram no futebol feminino. Daqui a uns anos não vamos ouvir falar da Ana Borges, mas de outros nomes que estão a aparecer”, explicou.
Ana Borges foi uma das jogadoras portuguesas que tiveram a oportunidade de participar tanto nos Europeus de 2017 e 2022, como no Mundial de 2023, os primeiros do futebol feminino nacional, mas segundo a extremo esse foi só o início de uma bela página de história.
“O futuro de Portugal é risonho. Hoje em dia conseguimos jogar olhos nos olhos com qualquer selecção, como se viu no Mundial com os Estados Unidos, os Países Baixos e o Vietname, portanto tenho a certeza de que Portugal está muito bem representado e podemos e devemos afirmar-nos ainda mais nas fases finais das grandes competições”, afirmou.
A jogadora do plantel liderado por Mariana Cabral dirigiu-se ainda aos sócios e adeptos do Sporting, a quem deixou uma mensagem de agradecimento e confiança para o futuro.
“Somos umas privilegiadas pelos adeptos que temos, há anos que não conseguimos dar-lhes uma alegria mas eles nunca deixaram de apoiar. Tenho de agradecer-lhes e quero pedir que nunca deixem de apoiar, acreditem em nós porque vamos retribuir o carinho que têm demonstrado por nós. Tenho a certeza de que ainda lhes vamos dar muitas alegrias”, disse.
Ana Borges iniciou a carreira de futebolista na Fundação D. Laura dos Santos, onde cumpriu a formação e se estreou como sénior, antes de rumar ao estrangeiro. Passou por alguns dos melhores campeonatos do Mundo, vestindo as cores de Zaragoza CFF e Club Atlético de Madrid (Espanha), SC Blue Heat (Estados Unidos) e Chelsea FC (Inglaterra), emblema que a emprestou ao Sporting na segunda metade da temporada 2016/2017.