Fátima Pinto está assim de regresso ao Sporting, clube que representou entre 2016 e 2022, depois da primeira passagem por Espanha, ao serviço do Santa Teresa.
Com 79 internacionalizações pela Seleção Nacional, Fátima Pinto estará no Campeonato do Mundo, seguindo-se nova etapa na carreira, com o regresso a Alvalade.
“O Sporting é um clube pelo qual tenho um grande amor, poder voltar a esta casa traz sempre aquele sentimento de grande saudade”, começou por afirmar a jogadora aos meios de comunicação do Sporting, ela que conquistou dois Campeonatos Nacionais, três Taças de Portugal e ainda duas Supertaças na primeira passagem por Alvalade, momentos que nunca esquecerá.
“Ganhámos muitas coisas, mas o primeiro campeonato foi muito especial. As Taças no Jamor são sempre momentos que nos marcam muito e as Supertaças também, mas diria que o primeiro campeonato e as Taças no Jamor são momentos que guardo para sempre”, disse a jogadora madeirense.
Agora, e após uma temporada no país vizinho em que somou 19 partidas e teve de “crescer” para adaptar-se ao nível da liga, Fátima Pinto acredita que regressa mais forte fisicamente.
“Já me considerava uma jogadora agressiva, mas passando pelo campeonato espanhol consegui evoluir muito nessa questão. É uma liga muito competitiva na qual trabalham muito bem a nível físico. Mas cresci noutras coisas, por exemplo lá fazem muitas marcações individuais, enquanto cá é muito mais zonais”, apontou, antes de revelar o que a fez assinar novamente pelo Sporting.
“Gosto muito da forma como joguei no Sporting, sobretudo no último ano em que cá estive. Foi dos meus melhores anos futebolisticamente pela forma como a equipa jogava. A treinadora manteve-se, o que é bom porque tem um estilo de jogo de que gosto. Sempre gostei de jogar com a bola no chão, sair de trás e ter muita posse, mas não era essa a realidade em Espanha”, explicou, antes de elogiar Mariana Cabral, treinadora das leoas.
“Identifico-me muito com o estilo de jogo da Mariana e gostei do último ano em que cá estive, também ao nível da preparação e dos treinos. É sempre uma mais-valia estar numa equipa em que nos identificamos com as ideias da treinadora”, frisou, mostrando que, apesar de ter estado fora, não deixou de seguir o Sporting.
“Esta última época foi dura, acompanhei sempre a equipa e sei que foi difícil. Temos muitas jogadoras jovens com talento, mas há que saber criar um equilíbrio com a experiência. Este ano vamos um pouco por aí”, garantiu, tendo bem presentes as metas para 2023/2024: “O principal objetivo é ajudar a equipa ao máximo e elevar o nome do Sporting ao mais alto nível. Neste clube jogamos sempre para ganhar, todos os títulos a que nos propusermos são para vencer”.
79 vezes internacional, Fátima Pinto junta-se assim a Ana Borges, Diana Silva e Ana Capeta no lote de jogadoras do Sporting que vão estar presentes no Mundial deste verão, o primeiro a ser disputado pela selecção nacional.
“Estou muito feliz por podermos fazer parte do grupo de jogadoras que vai ao Mundial. Estou tranquila, preparei-me bem e estamos unidas e a trabalhar para este objetivo", assumiu.