A missão de Griezmann na Liga dos Campeões contra o Inter
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Um rosto familiar nos treinos de segunda e terça-feira, Griezmann regressou após uma entorse no tornozelo na primeira mão para ajudar a equipa a chegar aos quartos de final, depois de ter caído na fase de grupos no ano passado.
No seu último jogo nos quartos de final, em 2022, o Atlético esteve perto de eliminar o Manchester City (1-0, 0-0) numa situação semelhante, com os ingleses a vencerem o jogo da primeira mão pela margem mínima. O desafio pode ser ainda maior esta quarta-feira contra o Inter, cuja vitória por 1-0 no Giuseppe Meazza pouco refletiu o domínio que teve na partida e que tem tido no campeonato.
O vice-campeão europeu, que lidera a Serie A com 16 pontos de vantagem sobre o rival AC Milan, vai numa série de 13 vitórias consecutivas e perdeu apenas duas vezes em todas as competições desde que perdeu a final com o Manchester City em junho de 2023.
"Jogador mágico"
Mas o Atlético, sempre intratável em casa, mostrou esta época que é capaz de levantar montanhas graças à magia do seu número 7, irresistível em campo desde o Mundial-2022.
O Real Madrid, vencido por duas vezes na LaLiga (3-1) e na Taça do Rei, no prolongamento (4-2), graças a um golo sublime de... Griezmann. Também na Liga dos Campeões, o internacional francês marcou cinco golos em seis jogos da fase de grupos - tantos como nas duas épocas anteriores combinadas.
Depois de se ter tornado o melhor marcador de sempre do Atlético em janeiro, Grizou estava imparável até à lesão. Mas, a partir desse momento, na primeira mão em Milão, o Atlético de Madrid apenas venceu um dos últimos quatro jogos.
Antes da derrota de sábado por 2-0 com o Cádiz, Diego Simeone anunciou que o astro francês estava em dúvida para a partida com o Inter. Mas o seu regresso aos treinos dissipou todas as dúvidas.
Agora, fora da luta pelo título espanhol, a equipa de Simeone conta com esse "jogador mágico", como elogiou o treinador argentino, para avançar na competição europeia.
A fortaleza do Metropolitano
O apuramento para os quartos oferece aos Colchoneros algo com que sonhar numa temporada marcada pelos maus resultados fora de casa. Os Rojiblancos poderão contar com o apoio inabalável dos adeptos, num estádio onde sofreram apenas uma derrota nesta temporada, depois de uma série de invencibilidade caseira que durou um ano.
"O Atlético é uma equipa que varia muito entre casa e fora, e nós conhecemo-los: vamos tentar preparar-nos o melhor possível, mas o ambiente vai certamente ter influência", avisou o treinador do Inter, Simone Inzaghi, no sábado.
Nas bancadas do Metropolitano, o cântico "una Gitana loca" ("uma cigana" louca, em espanhol), rapidamente adotado por Griezmann e pelos companheiros de equipa, vai ecoar com a esperança de que a profecia que menciona se concretize: "uma cigana tirou as minhas cartas, disse-me que o Atlético ia ser campeão".