A noite nefasta de Lukaku: de possível herói a protagonista negativo em segundos
Esperava-o uma vingança absoluta. Da Premier League, daqueles que o tinham rejeitado, daquele Ibrahimovic que tinha gozado com ele durante anos. E da própria vida. Em vez disso, Romelu Lukaku voltou a falhar no momento decisivo. Chamado a intervir na final da Liga dos Campeões, após a saída de Edin Dzeko devido a lesão, o avançado belga foi um triste protagonista de um final infeliz para os nerazzurri.
O seu cabeceamento, a um minuto dos 90, foi uma tentativa tímida de acertar na baliza. Uma tentativa com muito pouco sentido, instintiva, mas não o matador da área, o que ele treina para ser todos os dias. E depois de ter parado involuntariamente um remate potencialmente perigoso de Dimarco, momentos antes, o belga culminou o seu fraco esforço com um erro grosseiro a poucos metros da baliza, com Ederson a afastar o melhor que pôde.
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Nova deceção
Pouco depois, voltou a tentar, rematando com o pé esquerdo um remate que acabou por sair muito longe do poste. Romelu, aquele cujos atributos físicos poderiam ter permitido ao Inter vencer um City que só conseguiu chegar ao fundo da baliza nerazzurri uma vez.
Para o ex-jogador do Manchester United e do Chelsea, mais uma deceção com os nerazzurri. Na outra final disputada com o Inter, a da Liga Europa contra o Sevilha, Lukaku tinha, de facto, sido protagonista de outro episódio infeliz, desta vez ainda mais grotesco. De facto, o belga foi o autor de um desastrado auto-golo que deu a vantagem decisiva ao adversário.
Em queda
O rosto cinzento, pesaroso e triste de um Inter que tinha tentado de tudo, aproveitando uma grande equipa como o Manchester City, está resumido na expressão de um Lukaku que, desde o seu regresso aos nerazzurri, confirmou uma forte queda exibicional. Tendo ido para o Chelsea no verão de 2021, depois de se mostrar um verdadeiro matador em Itália, o belga viveu uma temporada desastrosa em Stamford Bridge, da qual quis escapar e retornar a Appiano Gentile.
Um regresso que acabou por servir para restaurar a sua confiança, além de lhe permitir ganhar uma Taça de Itália e sentir-se melhor psicologicamente. Em campo, no entanto, Lukaku não voltou a ser o que era há dois anos, mostrando que regrediu. E hoje a sua queda tomou a sua forma final, a de um erro gritante que poderia ter levado a final da Liga dos Campeões para um prolongamento.
Mas o destino voltou a gozar com Romelu Lukaku, que aos 30 anos enfrenta agora um momento delicado da sua carreira, sem saber onde vai jogar na próxima época.